quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Prefeituras do Entorno suspeitas de participarem de esquema de corrupção


A fraude, praticada em fundos previdenciários, passa dos R$ 40 milhões



Carros de luxo, como uma Ferrari preta, foram apreendidos pela PF há uma semana: lavagem de dinheiro (Gustavo Moreno/CB/D.A Press - 19/9/13)
Carros de luxo, como uma Ferrari preta, foram apreendidos pela PF há uma semana: lavagem de dinheiro
O megaesquema de lavagem de dinheiro derrubado pela Polícia Federal durante as operações Miquéias e Elementar, deflagradas há uma semana, alcançou pelo menos três prefeituras do Entorno. Águas Lindas, Formosa e Cristalina estão entre as localidades goianas que apresentaram movimentações financeiras irregulares, segundo a corporação. Outras duas administrações locais, de acordo com o Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás, também apresentaram indícios de lavagem de dinheiro. No total, teriam gerado rombos de mais de R$ 40 milhões em fundos previdenciários.

Águas Lindas figura nos relatórios de inteligência da PF por ter aplicado valores em fundos considerados arriscados. A manobra garantiria uma parcela do valor aplicado aos gestores. Um relatório de auditoria do Ministério da Previdência Social sobre os investimentos realizados pela Funprev, da própria cidade, revela que ela repassou valores de fundos rentáveis para outros em situação de deterioração financeira. Portanto, sem condições de arcar com os vencimentos.
Uma das citadas é a Adinvest Top Fi. Apesar de, à época, uma comissão de valores mobiliários do governo federal ter divulgado a incapacidade financeira desse fundo, em 11 de dezembro do ano passado, recebeu da Funprev R$ 4 milhões. A auditoria revelou ainda que o município aplicou 27,44% do patrimônio total dela, ou seja, na contramão do limite estabelecido no artigo 13 da Resolução Conselho Monetário Nacional (CMN), de 20% para aplicações de uma mesma conta de investimento.

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