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quarta-feira, 8 de março de 2023

MPGO LANÇA CARTILHA PARA INCENTIVAR RESPEITO ÀS DIFERENÇAS E ENFRENTAMENTO AO BULLYING ENTRE CRIANÇAS

 Material foi desenvolvido para tratar sobre os efeitos do bullying



O Ministério Público de Goiás (MPGO), por meio da Área da Infância, Juventude e Educação do Centro de Apoio Operacional, realizou ontem (6/3) o lançamento da cartilha Brincar & Aprender: Só é Brincadeira se Não Faz Mal a Ninguém. 

O material foi desenvolvido para tratar sobre os efeitos do bullying, que antes era minimizado como apenas uma brincadeira entre crianças e, com a Lei Federal nº 13.185, de 6 de novembro de 2015, passou a ser compreendido como uma forma de violência, que traz consequências nocivas não só para as vítimas, como também para os autores. 

O objetivo da cartilha é estimular o desenvolvimento de uma cultura de paz, a partir do respeito à diversidade, do estímulo à empatia e da tolerância à diferença.

Pela manhã, o lançamento aconteceu na Escola Infantil São José, em Goiânia, que é uma escola particular. À tarde, o evento foi realizado na Escola Municipal Cantinho do Saber, em Inhumas. Cerca de 460 crianças, entre 5 e 11 anos, participaram da apresentação da cartilha, que foi trabalhada junto com a apresentação do espetáculo Circo, Magia e Estripulias, do Circo Lahetô.

Projeto Brincar & Aprender busca conscientizar de forma lúdica e interativa

Presente aos dois eventos, a subprocuradora-geral de Justiça para Assuntos Institucionais do MPGO, Lilian Conceição Mendonça de Araújo, destacou a importância do projeto Brincar & Aprender para a conscientização de crianças sobre diferentes temas. 

Idealizadora do projeto, a coordenadora da Área da Infância, Juventude e Educação do MP, Cristiane Marques de Souza, explicou a proposta da iniciativa. "O projeto Brincar & Aprender foi pensado para trabalhar temas importantes de forma lúdica e interativa com crianças de 5 a 11 anos. No primeiro volume, trabalhamos a temática da prevenção à violência sexual, com a cartilha Como Proteger Meu Corpinho. O segundo volume, consistente na cartilha Só é Brincadeira se Não Faz Mal a Ninguém, se propõe a trabalhar o enfrentamento ao bullying, a partir da valorização do respeito às diferenças. O conteúdo é inovador por dirigir-se especificamente a crianças, dialogando com uma faixa etária no início do processo de conscientização sobre si mesmo e sobre o outro, notadamente no contexto escolar", detalhou. 

O projeto contará ainda com mais uma cartilha, que será lançada em breve, sobre educação de valores. O material apresentado ontem está disponível para download neste link. A versão impressa da cartilha e os cartazes com QR Code para a versão digital podem ser solicitados à Área da Infância, Juventude e Educação do CAO.

A cartilha ilustrada apresenta textos curtos, que falam sobre respeito às diferenças, inclusão, tipos de bullying, violência e amizade. Após a leitura dos textos, as crianças encontram atividades como caça-palavras, labirintos e desenhos para colorir, que reforçam o conhecimento adquirido. 

Mesmo sendo voltado ao público infantil, o material de apoio deve ser trabalhado com a mediação de um adulto, que mostrará os pontos importantes, mediará o debate em grupo e servirá como referência àqueles que necessitem de ajuda.

Brincadeiras circenses despertaram interesse das crianças no conteúdo da cartilha

A apresentação do Circo Lahetô encantou as crianças nas duas escolas em que a cartilha foi lançada e despertou o interesse para o importante conteúdo da cartilha. "Nossa escola recebeu com muita expectativa a cartilha do Ministério Público de Goiás. O material trouxe, em uma linguagem lúdica e acessível às crianças, uma reflexão muito importante sobre o bullying. O circo Lahetô permeou com arte e, através da leveza dos artistas, trouxe o encantamento para que todas as crianças se envolvessem ainda mais nas discussões", observou Marselha Cristina de Oliveira, diretora da Escola Infantil São José.

Maneco Manacá, idealizador do circo escola que atende crianças e adolescentes em risco de vulnerabilidade social em Goiânia, destacou o papel das brincadeiras no aprendizado infantil. "O circo é uma linguagem que habita o imaginário da criança. É uma manifestação cultural infantil, que vai ao encontro dos desejos da criança. Nas apresentações, a gente percebia o quanto as crianças se envolviam, se divertiam com os números dos palhaços, pernas de pau e malabaristas, e a gente aproveitou para transmitir o conteúdo. Falar de brincadeira através de brincadeira, através de uma apresentação artística, é muito mais fácil da criança assimilar", explicou Maneco. 

O artista circense também reforçou a importância de mostrar que bullying não é uma brincadeira. "O lançamento da cartilha, eu achei superinteressante. É importante levar para as escolas essa questão que está relacionada às brincadeiras. Acho que a gente tem um universo de brincadeiras saudáveis que nos engrandecem. A gente não pode deixar de cultivar a brincadeira, desde que ela não agrida. Acho que a gente pode se divertir sem machucar ou maltratar alguém", pontuou.

A diretora da Escola Municipal Cantinho do Saber, em Inhumas, Lygia Ferreira de Oliveira Rocha, também destacou o privilégio de participar do lançamento.  "Fiquei lisonjeada em recebê-los para o lançamento deste belo projeto contra o bullying nas escolas, que vem somar com os projetos já existentes em nossa unidade escolar. Foi um privilégio para nossas crianças que, além de aprimorarem seus conhecimentos, ainda ficaram encantadas com o espetáculo do circo Lahetô", afirmou. 

Para o promotor de Justiça Maurício Gebrim, com atuação na área da Educação em Inhumas, o evento foi muito bom. "A criançada se divertiu muito e aprendeu rapidinho a frase: ‘só é brincadeira se não faz mal a ninguém", comentou.

Em Inhumas, prestigiaram ainda o evento o prefeito João Antônio Ferreira e a primeira-dama Helena Bites de Carvalho Ferreira. Também estiveram presentes a advogada Euster Pereira Melo, presidente da Subseção da OAB; Gustavo Henrique Camilo de Lima, secretário municipal de Educação; Ronys Júnior Ferreira Maia, coordenador do Transporte Escolar da prefeitura; e os conselheiros tutelares Diogo Flores de Oliveira e Joelma Alves Morais.

 (Texto: Stella Gontijo/Estagiária da Assessoria de Comunicação Social do MPGO – Supervisão: Ana Cristina Arruda – Fotos: João Sérgio e Área da Infância, Juventude e Educação)


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