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sábado, 10 de setembro de 2022

Imprensa resistente: 214 anos de história

Foto: Reprodução/Bernard Hermant/Unsplash
A imprensa no Brasil começou em 1808 e, de lá pra cá, passou por várias mudanças, entre elas, a mais importante: a liberdade de expressão O Brasil mal comemorou o dia da independência e já celebra a data que marca os 214 anos da imprensa, tão antiga quanto a república. O primeiro jornal fundado no país foi a Gazeta do Rio de Janeiro, em 10 de setembro de 1808, dando início a vasta história da imprensa. A Gazeta do Rio de Janeiro chegou ao Brasil junto com a família real portuguesa e era impresso nas máquinas da Imprensa Régia, com máquinas trazidas da Inglaterra.
O jornal publicava apenas conteúdos que fossem de interesse da Coroa, além de informes sobre política internacional, sendo parcial em suas notícias, o que viria a mudar na imprensa anos mais tarde. Com a independêndia do Brasil, a Gazeta publicou sua última edição em dezembro de 1822. O Correio Braziliense circulava no Brasil antes da Gazeta, porém sua idealização e impressão foram feitas em Londres, e foi idealizado pelo jornalista exilado Hipólito José da Costa, por isso A Gazeta é cosiderado o primeiro jornal brasileiro. Após seu fim, outros jornais surgiram, entretanto, eram controlados pelo governo para que as notícias não os desfavorecessem, o trabalho do jornalista era limitado à política e não havia a possibilidade de liberdade de expressão em colunas, como é visto atualmente. Jornais importantes a serem citados são O Mercantil; 1849-1865; Diário de Pernambuco, criado em 1825; O Estado de São Paulo, criado em 1875; Diário de São Paulo, criado em 1884; Correio do Povo, criado em 1895, entre muitos outros que difundiram a imprensa no país. Um país independente, sem o predomínio do governo nos jornais marcava uma nova era no país? Apenas por alguns anos. Houve um avanço na modernização dos jornais e no modo de escrevê-los, com divisão de editorias, e dessa vez a liberdade parecia dar seus primeiros passos na comunicação, mas não durou tanto tempo. Em 1964, com a instauração da ditadura no Brasil, os jornais sofreram uma grave censura e novamente eram controlados pelo governo, sem poder opinar ou criticar. Mais uma vez os jornalistas se viram diante de uma cruel fita isolante que os impedia de levar a clareza para a população. Somente na década de 1980 a imprensa pôde voltar a respirar e reaprender a caminhar sozinha, depois de anos sob supervisão rígida. Os novos passos da imprensa se depararam com a tecnologia dando as caras no Brasil, e nos anos 1990 começava a convergência da mídia impressa com a digital, além, claro, do retorno da liberdade de expressão. Houve até receio de que a mídia impressa estava com os dias contados, mas muito pelo contrário, era o início da ressignificação do jornalismo, o impresso e o digital passaram a caminhar juntos, cada um com sua linguagem e formato, mas co-existindo para alcançar os mais diversos públicos, e isso só foi possível graças ao trabalho de profissionais que fazem história há mais de 200 anos de dedicação. Hoje, curiosamente, a Gazeta do Rio de Janeiro, o primeiro jornal brasileiro, tem uma versão online e pode ser acessada gratuitamente. Por Fernando Keller Fonte:https://www.dm.com.br/

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