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quarta-feira, 21 de setembro de 2022

A luta por acessibilidade de pessoas com deficiência

Foto: Reprodução/Unsplash
A estudante Anna Clara, de 16 anos, tem mielomeningocele e usa cadeira de rodas, a adolescente pede por mais acessibilidade nas ruas e em lugares privados O mês de setembro é marcado pelas datas que conscientizam a população sobre diversos assuntos, como a prevenção do suicídio e a importância da doação de órgãos. Mas nesta quarta-feira, 21, o dia é da luta das pessoas com deficiência. Segundo o último levantamento feito em 2021 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 17,3 milhões de pessoas acima de 2 anos têm algum tipo de deficiência no Brasil, o que representa 8,4% da população. É uma porcentagem que, a cada dia, trava uma batalha contra os pré-conceitos julgados pela sociedade em geral, que, de certa forma, segrega essa parcela da população, o que cria uma ideia distorcida do que é ser “saudável.” A estudante Anna Clara Morais Oki de Carvalho, de 16 anos, tem mieloneningocele, que é má formação congênita da coluna e da medula espinhal, que acontece nas primeiras semanas de gestação. Ela é usuária de cadeira de rodas e afirma que a falta de acessibilidade para locomoção causa transtornos no cotidiano. “No geral eu sempre lidei bem com a minha deficiência,ela só me atrapalha no sentindo de me deslocar. Lugares sem rampa, ou carros na rampa, lugar que só têm escada realmente não dá para um cadeirante ir”, desabafa.
(Anna Clara usa cadeira de rodas e pede por mais acessibilidade. (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)) Um dos fatores que indomodam Anna é o vazamento da fralda que usa, o que causa bastante desconforto para ela. “Eu tenho bexiga neurogênica, na qual eu uso fralda desde sempre e isso me incomoda bastante e me dificulda a ir para os lugares”, afirma a estudante. A mãe de Anna, Tamara Morais, afirma que a disponibilização de fraldas ficou suspensa por um tempo, mas que agora já pode ser adquirida novamente. Mais acessibilidade Anna faz uso de um medicamento caro para tratar a bexiga e que, segundo Tamara, normalmente é disponibilizado nas farmácias populares, ela afirma que “eles precisam regular a quantidade”, visto que eles recebiam o remédio, porém não a quantia correta. “A Anna faz de quatro a cinco cateterismos por dia, esse material era disponibilizado para a gente reutilizar. Então eu recebia 30 sondas e eles queriam que a gente reutilizasse a sonda de duas a quatro vezes por dia, isso era totalmente horrível, por isso comecei a comprar o medicamento”, afirma a mãe. A data, segundo Anna, deve ser lembrada para que as pessoas se conscientizem e pede que a sociedade dê mais espaço e acessibilidade para as pessoas com deficiência no dia-a-dia. Ao estacionar o carro em cima da calçada, o motorista está infringindo uma lei e um direito, o que pode sair caro, pois a multa é de R$ 195,23 além de 5 pontos na carteira. O direito de ir e vir é de todos os cidadãos, especialmente os que têm deficiência, o respeito ao próximo deve ser igualado e não se deve fazer juízo de valor, pois não acomete somente o psicológico, mas também os valores de uma pessoa. Há muito o que se melhorar no âmbito da acessibilidade no Brasil, seja no transporte público e até em museus, por exemplo, pois é direito de todo cidadão o livre acesso, sem que sua dignididade seja afetada. E esta é a luta de Anna e milhões de brasileiros que pedem por mais acessibilidade e um cuidado maior do governo em relação às medicações e outros aspectos que impactam na rotina de suas vidas. Por Fernando Keller Fonte:https://www.dm.com.br/

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