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quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Talibãs ordenam decapitação de manequins em lojas de Herat

Foto:(crédito: AFP)
Os talibãs ordenaram aos vendedores de roupas de Herat, que cortem as cabeças dos manequins em suas lojas, alegando que se opõem à sua interpretação da lei islâmica Os talibãs ordenaram aos vendedores de roupas de Herat, no oeste do Afeganistão, que cortem as cabeças dos manequins em suas lojas, alegando que se opõem à sua interpretação da lei islâmica. Esta nova diretriz se soma a uma série de medidas já anunciadas pelo Talibã para impor no país sua visão rígida do Islã, uma visão que limita as liberdades públicas, em especial para mulheres e meninas. "Pedimos aos comerciantes que cortem a cabeça dos manequins, porque é contra a lei (islâmica) da 'sharia'", disse à AFP nesta quarta-feira (5) Aziz Rahman, chefe do serviço de Promoção da Virtude e Prevenção do Vício, em Herat, cidade com cerca de 600 mil habitantes e terceira cidade do país. Alguns comerciantes tentaram contornar a ordem, cobrindo a cabeça dos manequins, mas essa medida não agradou os talibãs. "Se se limitarem a cobrir suas cabeças, ou esconderem o manequim (totalmente), o anjo de Alá não entrará na loja, ou em sua casa, para abençoá-los", alegou. Desde terça-feira, circula nas redes sociais um vídeo, no qual homens cortam cabeças de manequins femininos de plástico com serras. Vários comerciantes de Herat entrevistados pela AFP expressaram sua indignação. "Como podem ver, cortamos as cabeças dos manequins na loja", lamenta Basheer Ahmed, reclamando que cada um de seus manequins custou 5.000 afganis (cerca de 47 dólares). "Quando não há modelo, como você vende seus produtos?", questionou. Por enquanto, os talibãs não emitiram nenhuma ordem nacional sobre essas figuras de plástico, que não têm lugar em sua interpretação estrita da lei islâmica, uma vez que esta proíbe representações humanas. Durante seu primeiro regime à frente do país, nos anos 1990, os talibãs destruíram várias estátuas históricas de budas. A ação chocou o mundo. Desde que voltaram ao poder no ano passado, eles prometem ser mais moderados para tentar mudar sua imagem internacional e receber ajuda humanitária. Por enquanto, porém, impuseram novas restrições, principalmente contra mulheres e meninas. Fonte:https://www.correiobraziliense.com.br/

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