sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Tensão com PMDB pode reaproximar PT de Campos

Tensão com PMDB pode reaproximar PT de Campos

Está piorando a relação entre o PMDB e a presidente Dilma Rousseff. Ainda enfraquecida, a presidente não está disposta a jogar mais lenha nessa fogueira. No entanto, essa disposição pode mudar, caso a presidente volte a ter franco favoritismo para ser reeleita no ano que vem.
O PMDB ainda é o aliado preferencial, mas virou um parceiro que impõe derrotas e cria dificuldades com frequência. Como a presidente perdeu cacife, tem de aceitar esse jogo, por ora.
Ontem, a guerra das emendas parlamentares foi terrível para o governo. Revelou-se vexaminoso para o Palácio do Planalto o placar da aprovação, em primeiro turno, da proposta de emenda constitucional que obriga o Executivo a pagar uma fatia robusta da emendas parlamentares.
Por 378 votos, 48 contra e 13 abstenções, a Câmara derrotou Dilma. O comando da operação foi peemedebista. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), cumpriu um compromisso de campanha e deu uma demonstração de força. O líder do PMDB na Casa, Eduardo Cunha (RJ), conseguiu mais uma vitória sobre a articulação política dilmista.
Crédito: Beto Barata/AE
Crédito: Beto Barata/AE
Agora, o governo deverá recorrer ao STF ao final desse processo legislativo, quando for aprovada em definitivo a proposta de emenda constitucional. Ainda faltam uma votação em segundo turno na Câmara e a apreciação em duas etapas no Senado.
Enquanto isso, a presidente e seus estrategistas eleitorais vão aguardar as próximas pesquisas. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem feito articulações para levar o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), a apoiar Dilma. A tarefa é dura. Campos avalia que teria a ganhar politicamente disputando a Presidência. No mínimo, poderia se fortalecer para 2018.
Mas, a depender do desgaste entre governo e PMDB e da eventual força eleitoral que Dilma adquirir, o PT poderia pensar em fazer uma oferta a Campos que dê ao PSB mais poder num eventual segundo mandato do que os socialistas têm atualmente.
Para estrategistas da presidente, se o preço da renúncia de Campos a disputar em 2014 for a vaga de vice de Dilma, essa hipótese deveria ser avaliada à luz dos prós e contras de manter a aliança peemedebista.
FONTE:BLOG DO KENNEDY

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