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terça-feira, 15 de novembro de 2016

Violência: Luziânia teve, em média, sete assaltos por dia em 2016

Ataques de bandidos armados a pedestres, comércios e veículos estão em alta na cidade vizinha ao Distrito Federal, principalmente na área central. Além da insegurança, a população reclama da falta de policiamento ostensivo


Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - 8/11/16

Assaltos frequentes assustam Luziânia. Nos últimos meses, roubos de veículos e a comércios aumentaram a sensação de insegurança na cidade goiana, distante cerca de 60km de Brasília. Bandidos armados não esperam o anoitecer. Os casos ocorrem à luz do dia, mesmo com a presença de câmeras de segurança em alguns estabelecimentos e em locais de grande movimento. A maioria dos assaltos ocorre na região central do município, onde a população reclama da falta de policiamento efetivo.

Os alvos dos ladrões ficam em uma parte de Luziânia que ainda guarda características de interior. Em meio a construções históricas e vendinhas, o ar moderno do comércio ainda dá impressão de tranquilidade. Porém, essa sensação diminuiu com o tempo. O empresário Dilson de Oliveira Júnior, 36 anos, teve a padaria assaltada duas vezes em menos de 40 dias. Na primeira, o assaltante esperou alguns clientes saírem para atacar o comércio. Na segunda, houve violência. Durante a ação, ele agrediu uma funcionária. “Ela ficou traumatizada. Tive de dar férias”, lamenta. O crime ocorreu por volta das 13h de um domingo.“Eu nasci aqui, era uma cidade tranquila de se viver. De um tempo para cá, tem sido difícil. A violência está aumentando, e nada é feito. Ficamos com receio disso tudo”, afirma Dilson.

A professora Daiane de Araújo, 30, foi abordada por volta das 6h30, quando aguardava no ponto de ônibus próximo à antiga residência dela. “Ele (bandido) chegou em uma moto e desceu mostrando a arma. Anunciou o assalto e me fez abrir a bolsa. Levou celular, carteira e dinheiro”, queixa-se. Depois disso, Daiane se mudou de casa e passou a ter receio de andar na rua. “É uma onda de violência. As pessoas não têm mais tranquilidade. Os bandidos não escolhem horários. Podemos ser roubados a qualquer hora do dia. E a presença da polícia é pouca. Veem-se poucos militares por aqui”, reclama. No período em que a reportagem ficou na cidade, pouco mais de cinco horas, avistou-se apenas uma equipe da PM.

Levantamento da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás confirma a apreensão da população de Luziânia. Houve 2.003 assaltos a pedestres até outubro de 2016, contra 1.663 no ano passado — a média é de quase sete por dia. Os roubos de veículos chegam a 860. No ano passado, foram 797 (veja Insegurança). Uma farmacêutica de 34 anos é uma das mais recentes vítimas de criminosos armados. Há duas semanas, no centro da cidade, ela chegava à escola das três filhas, às 13h20, quando dois bandidos em uma moto a surpreenderam. A dupla exigiu a chave do carro, e a mulher se desesperou, pois a caçula, de 4 anos, estava no banco traseiro. “Só pedi a eles para deixarem eu pegar a minha filha. Felizmente, deixaram, e eu saí correndo. Nunca pensei viver algo parecido. Hoje, tenho medo de sair de casa. Vejo alguma motocicleta e me lembro de tudo”, detalha. Depois disso, os diretores do colégio contrataram um segurança particular.
Fonte: Correio Braziliense

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