Ataques de bandidos armados a pedestres, comércios e veículos estão em alta na cidade vizinha ao Distrito Federal, principalmente na área central. Além da insegurança, a população reclama da falta de policiamento ostensivo
Assaltos frequentes assustam Luziânia. Nos últimos meses, roubos de veículos e a comércios aumentaram a sensação de insegurança na cidade goiana, distante cerca de 60km de Brasília. Bandidos armados não esperam o anoitecer. Os casos ocorrem à luz do dia, mesmo com a presença de câmeras de segurança em alguns estabelecimentos e em locais de grande movimento. A maioria dos assaltos ocorre na região central do município, onde a população reclama da falta de policiamento efetivo.
A professora Daiane de Araújo, 30, foi abordada por volta das 6h30, quando aguardava no ponto de ônibus próximo à antiga residência dela. “Ele (bandido) chegou em uma moto e desceu mostrando a arma. Anunciou o assalto e me fez abrir a bolsa. Levou celular, carteira e dinheiro”, queixa-se. Depois disso, Daiane se mudou de casa e passou a ter receio de andar na rua. “É uma onda de violência. As pessoas não têm mais tranquilidade. Os bandidos não escolhem horários. Podemos ser roubados a qualquer hora do dia. E a presença da polícia é pouca. Veem-se poucos militares por aqui”, reclama. No período em que a reportagem ficou na cidade, pouco mais de cinco horas, avistou-se apenas uma equipe da PM.
Levantamento da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás confirma a apreensão da população de Luziânia. Houve 2.003 assaltos a pedestres até outubro de 2016, contra 1.663 no ano passado — a média é de quase sete por dia. Os roubos de veículos chegam a 860. No ano passado, foram 797 (veja Insegurança). Uma farmacêutica de 34 anos é uma das mais recentes vítimas de criminosos armados. Há duas semanas, no centro da cidade, ela chegava à escola das três filhas, às 13h20, quando dois bandidos em uma moto a surpreenderam. A dupla exigiu a chave do carro, e a mulher se desesperou, pois a caçula, de 4 anos, estava no banco traseiro. “Só pedi a eles para deixarem eu pegar a minha filha. Felizmente, deixaram, e eu saí correndo. Nunca pensei viver algo parecido. Hoje, tenho medo de sair de casa. Vejo alguma motocicleta e me lembro de tudo”, detalha. Depois disso, os diretores do colégio contrataram um segurança particular.
Fonte: Correio Braziliense
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