Rodrigo Rollemberg, Tadeu Filippelli, Geraldo Magella, Alberto Fraga, Izalci Lucas, José Reguffe e Flávia Arruda: são alguns dos prováveis postulantes ao governo do Distrito Federal. Mas não empolgam
Se o escritor e político francês André Malraux (1901-1976) voltasse a Brasília, neste momento, certamente diria: “Trata-se da capital da desesperança”. A decepção com o governador Rodrigo Rollemberg é tanta que, nas ruas, as pessoas, mesmo as despolitizadas, começam a chamá-lo de “Rodroga Apocalipse”. Trata-se de exagero, pois o líder do PSB é um político decente. Mas, de fato, é responsável por uma das gestões mais desastrosas da história da cidade e há quem, comparando, frise que já sente saudade de Agnelo Queiroz, que as línguas ácidas nominam de “Agnulo”. Ocorre que os principais problemas da gestão de Rollemberg são de responsabilidade de Agnelo, que deixou a máquina praticamente destruída e manietada por interesses corporativos, que, se legais, não são justos com a sociedade.
O desastre da gestão de Rollemberg é tão imenso que a sucessão governamental está na ordem do dia. Há pelo menos sete nomes colocados para a disputa de 2018 — incluindo o governador. O ex-deputado Tadeu Filippelli, do PMDB, é quem mais articula — tentando, desde já, formatar uma aliança ampla com o PSDB do deputado federal Izalci Lucas e o DEM do deputado federal Alberto Fraga. Frise-se que o empresário controla o PMDB e o PP. A ressalta é que, com problemas praticamente incontornáveis, pode ter uma candidatura brecada pela Justiça.
Se Filippelli for impedido pela Justiça, o PSDB pode bancar a candidatura de Izalci Lucas. O DEM gostaria de lançar Alberto Fraga, que é mais cotado para disputar uma vaga no Senado. O PR estuda o lançamento da candidatura de Flávia Arruda, mulher do ex-governador José Roberto Arruda. O PT certamente terá candidato e os nomes mais mencionados são os de Geraldo Magela e o do deputado Chico Vigilante. Entretanto, são nomes “velhos” e “desgastados”. Por isso, o partido pode bancar outro postulante. “Mas quem?” — perguntam petistas. O senador José Reguffe, tido como uma figura inatacável, é um dos nomes possíveis. O problema é que, depois de “Rodroga”, os eleitores da capital estão “desconfiados” de nomes “novos” e sem experiência administrativa.
Fonte: Jornal Opção
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