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domingo, 14 de outubro de 2012


Partido segue sem rumo
Senador Cristovam Buarque: sonho com a Presidência da República
Nos tempos áureos do falante Leonel Brizola, o PDT era uma trincheira onde parte da classe média não engajada com o petismo ancorava suas esperanças de dias melhores. A outra classe média burocrática, como professores, bancários de instituições oficiais e funcionários das estatais, todos dominados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), azucrinavam a vida de quem realmente produzia no setor privado, longe dos privilégios dos fundos de pensão e o famigerado “direito de greves” sem ter os dias parados fora da folha de pagamentos. Era neste ambiente que o PDT trafegava sinalizando que havia caminhos para o capital e o trabalho. Ou seja, não havia necessidade de uma “revolução socialista” para obter conquistas sociais. De lá para os dias de hoje, o velho PDT vem minguando de ideias para oferecer à sociedade “outro caminho”. A única bandeira que ainda tremula no mastro do trabalhismo é a fala solitária do senador Cristovam Buarque em defesa da educação. Fora isso, basta uma espiada no site do partido (http://www.pdt.org.br/) para constatar que todas as matérias só abordam prefeituras conquistadas e nenhum debate relevante. A última edição do jornal “O Trabalhador” é de março. A matéria mais relevante, “Reforma política é prioridade para o PDT”, é de uma indigência de conteúdo que não anima nem chefe de torcida. Cadê os grandes debates sobre o trabalhador, já que a CUT está aboletada nas hostes governista? Só o tema educação não garante um projeto político majoritário para a Pre­sidência da República em 2014, como trombeteia Cristovam, ou muito menos, para disputar o governo do Distrito Federal. O mais relevante no site é a proposta pedagógica da professora Maria Amélia Souza Reis — Construindo um projeto de escola e educação integrais. O artigo enaltece mais a memória e os feitos do partido, principalmente de Brizola, que aponta soluções factíveis. É notório que a escola integral tem um custo alto para os contribuintes. A proposta é boa, mas eivada pela pedagogia de esquerda, paternalista e sem conteúdo para a formação profissional do jovem, algo deveras carente no Brasil. Sem formação profissional mediana, nenhum país torna-se independente e socialmente justo.

Portanto, o PDT vai ter que caminhar muito e reciclar o discurso para convencer os brasileiros de que é uma alternativa viável. Não basta só levantar a bandeira da educação. De acordo com variadas pesquisas, o que vem em primeiro lugar entre os jovens é ter emprego e isto se conquista sendo qualificado. O país está lotado de universitários e poucos técnicos.

Para que o projeto político do senador Cristovam avance, é necessário ele ampliar sua base de apoio no DF. Só com o deputado distrital Professor Israel Batista e o deputado federal Antônio Reguffe terá a metade dos votos que obteve na eleição para senador. Enfrentar a avalanche de pretendentes à cadeira de Agnelo Queiroz (PT) não será nada fácil, principalmente porque seu colega Rodrigo Rollemberg (PSB) quer o mesmo. Soma-se a estes percalços o apetite voraz de Agnelo em canibalizar partidos adversários, retirando lideranças das siglas mais aguerridas e contestadoras. Vide a criação do PEN, que Agnelo mantém na reserva técnica para abrigar “os descontentes em outras legendas”.
FONTE:JORNAL OPÇÃO

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