KINDER OVO DE SERPENTE

 

🐍 “KINDER OVO DE SERPENTE” VENCE COM 58% — CUIABÁ DESCOBRE QUE O PRESENTE ERA UM PESADELO

O povo cuiabano transforma a urna da internet em confessionário político e consagra o apelido mais venenoso da história recente do Alencastro.

**Por João Guató 

E não é que a Rede Guadakan resolveu transformar o desespero em entretenimento? A enquete do momento pergunta qual é o melhor apelido do pior prefeito da história de Cuiabá. E, com 58% dos votos, o povo já decretou: o campeão absoluto é “Kinder Ovo de Serpente”— um mimo de ironia, recheado de surpresa e veneno.

Sim, senhoras e senhores, o atual ocupante do Palácio Alencastro agora tem nome de brinquedo e alma de réptil. Um híbrido improvável entre a inocência de uma guloseima e o instinto rastejante de quem desliza pela política com sorriso de quem finge que é doce, mas morde com o rabo.

O Kinder Ovo de Serpente é aquele tipo de liderança que encanta a criança e envenena o adulto. Promete presente e entrega um projeto mirabolante — geralmente pago em dez parcelas, com juros e tapa na cara do contribuinte. Abre o ovo, vem a surpresa: mais buraco, mais multa, mais selfie inaugurando o nada.

E o povo, entre gargalhadas e desespero, vota. Vota pra rir, pra não chorar. Porque, convenhamos, o humor cuiabano é a última trincheira da sanidade pública. Se o asfalto não chega, chega o deboche. Se a saúde não melhora, melhora a criatividade popular. E assim nasce a nova lenda urbana: o Kinder Ovo de Serpente, mascote oficial do caos.

Enquanto isso, outros apelidos ficaram pelo caminho — o “Tio Chico do Palácio Alencastro” ainda acende a lâmpada com a cara, o “Sherek do Apocalipse” tenta salvar o pântano, e o “Nosferatu de Mato Grosso” continua chupando luz de poste. Mas nenhum deles conseguiu sintetizar com tanta perfeição a essência da nossa tragédia municipal.

O povo cuiabano é sábio. Quando não pode mudar o prefeito, muda o apelido. E apelido em Cuiabá pega mais que dengue em temporada de chuva. “Kinder Ovo de Serpente” é mais que um apelido — é diagnóstico, epitáfio e poema popular.

Cuiabá tem o dom de transformar desastre em piada. E o humor, esse remédio caseiro do coração, segue sendo o último serviço público que ainda funciona.