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segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Herança de R$ 3 milhões motiva assassinato de fazendeiro, revela polícia de Goiás

 

Filha e genro da vítima foram indiciados por homicídio duplamente qualificado após briga por imóvel e herança


A Polícia Civil de Goiás concluiu a investigação sobre o assassinato do fazendeiro Nelson Alves de Andrade, em abril de 2024, no município de Campinorte, no norte do estado. O crime, motivado por uma herança de R$ 3 milhões, envolveu a filha e o genro da vítima, que foram indiciados por homicídio duplamente qualificado.

Segundo o delegado responsável pela apuração, Peterson Amin, a motivação do assassinato foi um desentendimento entre Nelson e o casal. A vítima teria exigido que a filha e o genro desocupassem o imóvel onde moravam, uma propriedade de sua posse.

“[Há] o relato de que estes teriam brigado, tendo Nelson ordenado que seu genro e filha desocupassem o imóvel onde residiam, pois se tratava de propriedade de Nelson”, explicou a polícia ao indiciar o casal.

No relatório policial da conclusão das apurações, o delegado Peterson Amin explicou ainda que Nelson teria pedido ao casal que desocupasse o imóvel por não concordar com o comportamento deles, que estariam aglomerando pessoas na casa, em uma espécie de ponto de droga.

A defesa da filha da vítima negou envolvimento dela no crime e afirmou que irá provar sua inocência. Além do casal, o executor do assassinato e dois comparsas que ajudaram na emboscada também foram indiciados.

Crime e investigação

O assassinato ocorreu no dia 1º de abril de 2024, quando Nelson pilotava uma moto em uma estrada de terra em Campinorte. O fazendeiro foi atingido por dois tiros disparados por homens que estavam de bicicleta. As investigações indicaram que a filha e o genro contrataram o executor do crime, pagando-lhe R$ 20 mil. Este, por sua vez, recrutou dois comparsas para ajudar no assassinato.

Ao não receber o pagamento combinado, o executor denunciou o casal à polícia. Inicialmente, ameaçou os suspeitos, oferecendo um parcelamento da dívida. No entanto, o genro do fazendeiro pediu que ele aguardasse, citando a necessidade de resolver questões relacionadas a um processo judicial.

Herança e movimentação suspeita

A herança de Nelson Alves incluía 20 alqueires de terra, 110 cabeças de gado, quatro imóveis em Campinorte e uma quantia em sua conta bancária. A filha de Nelson, que era a única herdeira, passou a movimentar o dinheiro da conta após a morte do pai, além de vender gado e tentar negociar imóveis. A polícia considerou essas ações suspeitas, uma vez que não havia um motivo imediato para a urgência no uso do dinheiro da herança. "Ela começou a se desfazer de tudo o que podia, o que gerou estranheza", disse Peterson.

O casal foi preso no dia 20 de dezembro; o executor, entretanto, segue foragido. O delegado Peterson Amin declarou que os dois comparsas contratados pelo executor não foram presos, pois a Justiça entendeu que não havia provas suficientes contra eles.

Segundo o delegado, a filha do fazendeiro culpa o companheiro pelo crime sem demonstrar raiva ou mágoa.

"Ela fala que não teve participação nenhuma, que a ideia foi dele, a execução foi dele, o pagamento foi dele, que foi tudo ele. Ela meio que confessa para ele. Ela fala que não tem envolvimento, mas não demonstra nenhum tipo de sentimento de raiva ou mágoa em relação a ele, por ter mandado matar o pai dela”, disse o Peterson Amin.

A polícia afirmou não ter dúvida que “contrataram o homem em conjunto. Inclusive, o pagamento foi feito em conjunto pelos dois”. Enquanto ela responsabiliza o companheiro pelo crime, em interrogatório à polícia, ele negou qualquer envolvimento com o caso.

Fonte: https://www.dm.com.br/

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