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sábado, 8 de julho de 2023

Vacina contra poliomielite deixa de ser em ‘gotinha’ para se tornar injetável

 

Nova recomendação foi apresentada durante uma transmissão ao vivo realizada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade | Foto: Reprodução/Redes sociais

O Zé Gotinha, símbolo histórico da importância da vacinação no Brasil, continuará desempenhando sua missão de conscientizar crianças, pais e responsáveis em todo o país, participando das ações de imunização e campanhas

O Ministério da Saúde planeja realizar uma substituição gradual da Vacina Oral Poliomielite (VOP) pela versão inativada (VIP) do imunizante a partir de 2024. Essa recomendação foi discutida e aprovada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI), levando em consideração as novas evidências científicas para a proteção contra a doença.

É importante enfatizar que essa atualização não significa o fim imediato da vacina conhecida popularmente como “gotinha”, mas sim um avanço tecnológico visando uma maior eficácia no esquema vacinal. A transição para a nova vacina será feita ao longo de um período determinado.

O Zé Gotinha, símbolo histórico da importância da vacinação no Brasil, continuará desempenhando sua missão de conscientizar crianças, pais e responsáveis em todo o país, participando das ações de imunização e campanhas do Governo Federal.

A nova recomendação foi apresentada durante uma transmissão ao vivo realizada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, em conjunto com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), nesta sexta-feira, 7.

O objetivo da reunião com representantes da instituição em todas as regiões do Brasil foi divulgar as iniciativas do Ministério da Saúde para aumentar as taxas de vacinação, principalmente entre as crianças, e discutir a importância da adesão dos profissionais de saúde e médicos ao Movimento Nacional pela Vacinação.

Nísia ressaltou, em sua fala de abertura, a importância da parceria entre o Ministério da Saúde e as sociedades científicas. “Não foi assim nos últimos anos, mas queremos retomar a ciência e estamos trabalhando nesse sentido. A retomada das altas coberturas vacinais é uma prioridade do Governo Federal. Esse é um movimento, não uma campanha isolada, justamente pela ideia de continuidade e pelo constante monitoramento de resultados. Esse trabalho não se restringe ao Ministério da Saúde, por isso estamos indo aonde estão os movimentos da sociedade”, justificou.

Na conversa, também estavam presentes o presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Clóvis Francisco Constantino, e o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI) do Ministério da Saúde, Eder Gatti. Ele afirmou que o PNI desempenhou um papel fundamental na transformação do perfil epidemiológico das doenças no Brasil, com especial impacto na área pediátrica.

“Ainda assim, a gente vive um cenário preocupante nas coberturas vacinais, com risco de reintrodução de doenças. Antes o PNI era parte de uma coordenação, mas agora é um departamento completo, o que dá mais dinamismo na gestão do programa e a possibilidade de ferramentas adequadas para o registro dos estados e municípios. Nossas ações estão voltadas para atacar as causas da queda da cobertura vacinal, como a falta de padronização dos sistemas de dados, que agora está sendo feita, para uma oferta de relatórios com qualidade e precisão de informações”, explicou Eder.

O diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações também explicou algumas das ações da pasta. “Vamos oferecer aos municípios um planejamento diferenciado, onde a imunização sai da unidade de saúde e vai até a pessoa que precisa ser vacinada. Também haverá transferência de recursos para estados e municípios, um recurso excepcional para ações de vacinação, coisa que o Ministério da Saúde não faz há anos. A ideia é concentrar esforços onde há maior número de não vacinados. Ali é onde precisamos ser mais intensos em ações”, acrescentou.

Vacina Inativada Poliomielite

A Comissão Técnica de Assessoria em Imunização (CTAI) recomendou que o Brasil adote exclusivamente a Vacina Inativada Poliomielite (VIP) como reforço aos 15 meses de idade, em substituição à forma oral do imunizante, no combate à poliomielite.

A VIP, que é administrada por via injetável, já é aplicada nos períodos de 2, 4 e 6 meses de vida, de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação. Portanto, após um período de transição iniciado no primeiro semestre de 2024, as crianças brasileiras que receberem as três primeiras doses da vacina passarão a receber apenas um reforço com a VIP (injetável) aos 15 meses.

A dose de reforço atualmente administrada aos 4 anos não será mais necessária, uma vez que o esquema vacinal com quatro doses garantirá proteção contra a poliomielite. Essa atualização foi baseada em critérios epidemiológicos, evidências relacionadas à vacina e recomendações internacionais sobre o assunto.

Desde 1989, o Brasil não registra nenhum caso de pólio, no entanto, nos últimos anos, as taxas de vacinação contra essa doença têm diminuído constantemente. Em 2022, a cobertura vacinal em todo o país foi de apenas 77,19%, o que está bem abaixo da meta de 95% estabelecida para essa vacina.


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Fonte:https://www.jornalopcao.com.br/


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