Renato Dias,Da editoria de Política&Justiça
- José Eliton (PP) pode migrar para PSDB e unificar base aliada
- Ronaldo Caiado (DEM) acena ao PMDB e quer o Solidariedade (SDD)
- Marconi Perillo (PSDB) seria o principal aliado do vice-governador
- Iris Rezende Machado (PMDB) deve retribuir apoio recebido em 2014
Nem bem o turbulento ano de 2015 atinge o mês de agosto, 2018 já entra na agenda política em Goiás. É a sucessão estadual antecipada. Dois nomes despontam no cenário político. O primeiro é o do vice-governador de Goiás, advogado José Eliton, atual presidente do Partido Progressista (PP). A opção da oposição ao Palácio das Esmeraldas é o senador da República Ronaldo Caiado, que preside o Democratas (DEM), uma das vozes mais duras contra o Palácio do Planalto no Congresso Nacional, em Brasília (DF).
Titular de uma Supersecretaria, o especialista em Direito Eleitoral José Eliton move, hoje, as peças do xadrez político da corrida ao governo estadual para ser ungido candidato da base aliada à Casa Verde. Ele estaria disposto até a filiar-se ao PSDB, sigla de Marconi Perillo, governador do Estado pela quarta vez. A operação envolveria a transferência do senador do DEM Wilder Morais para o PP, onde desfilaria ao lado de Sandes Júnior e de Roberto Balestra, deputados federais.
Apesar de ser lembrado para executar carreira solo na eleição presidencial do quente ano de 2018 ou mesmo ocupar uma vice em uma chapa encabeçada seja por Geraldo Alckmin, governador do Estado de São Paulo, ou pelo senador Aécio Neves, líder da oposição à presidente da República, Dilma Rousseff, e ao seu tutor político, o ex-inquilino do Palácio do Alvorada Luiz Inácio Lula da Silva, Ronaldo Caiado costura o apoio do PMDB e de aliados para virar governador do Estado de Goiás.
O discreto e arrojado vice-governador José Eliton pode ter como cabo eleitoral o até então imbatível nas urnas eletrônicas, desde 1998, Marconi Perillo. O cardeal tucano venceu os pleitos de 1998 e de 2002, conduziu o médico Alcides Rodrigues Filho, à época no PP, à governadoria do Estado, conquistou mandato de senador em 2006 e retomou as rédeas do poder, em 2010, quando enfrentou as máquinas da União, governo do Estado e das prefeituras de Goiânia, Anápolis e Aparecida de Goiânia.
Linha direta
O senador Ronaldo Caiado, que caso perca terá mais quatro anos de mandato na Capital da República, abocanhou um aliado de peso, tradicional na política de Goiás desde 1958, quando elegeu-se vereador em Goiânia. É Iris Rezende Machado, nome posicionado em primeiro lugar nas pesquisas de opinião pública ao Paço Municipal de 2016. O seu partido, o PMDB, possui dois deputados federais, cinco deputados estaduais e capilaridade nos 246 municípios do Estado. O Solidariedade, controlado por Armando Vergílio, poderá ser aliado tanto em 2018 quanto em 2016.
Fonte:Diário da Manhã
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