ACUSADO PELO MPGO, JOVEM É CONDENADO PELA MORTE DE COORDENADOR PEDAGÓGICO EM ESCOLA DE ÁGUAS LINDAS DE GOIÁS

Crime teria sido praticado por motivo fútil

Denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), Anderson da Silva Leite Monteiro, de 21 anos, foi condenado pelo Tribunal do Júri de Águas Lindas de Goiás nesta quinta-feira (25/8), pela morte do coordenador pedagógico Bruno Pires de Oliveira, de 41 anos. A decisão dos jurados ocorreu por unanimidade. O crime aconteceu em agosto de 2019 no estacionamento do Colégio Estadual Machado de Assis, em Águas Lindas, no entorno do Distrito Federal, e causou grande comoção social. Responsável pela acusação no júri, o promotor de Justiça Daniel Lima Pessoa ressaltou que o crime teria sido motivado porque o aluno não ficou satisfeito ao ser cortado de um projeto esportivo na escola e resolveu tirar satisfação com o coordenador, o que acabou resultando no assassinato. Segundo o promotor, para matar a vítima, o jovem usou uma faca com a qual desferiu um único golpe. A lâmina da arma perfurou o fígado do coordenador, que tinha contrato temporário na escola. A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu ao ferimento. Antes de morrer, Bruno contou ter sido atacado por Anderson, a quem apelidou de Grandão, já que o rapaz era o maior da turma do 9º ano na qual estudava. Mesmo tendo fugido, o acusado foi encontrado. A juíza Cláudia S. de Andrade, que presidiu a sessão de julgamento, leu a sentença, na qual a pena de Anderson foi fixada em 15 anos de reclusão pelo crime de homicídio doloso qualificado, de acordo com o artigo 121 do Código Penal. A pena deve ser cumprida em regime fechado, como preconiza o artigo 33, parágrafo 2º, alínea A, do Código Penal. A magistrada ainda manteve a prisão preventiva de Anderson Leite, que não poderá recorrer da sentença em liberdade. Com reparação de danos, ainda foi fixada ao condenado uma multa no valor de 20 salários mínimos. (Texto: Mariani Ribeiro/Assessoria de Comunicação Social do MPGO)