CAMPANHA DE UTILIDADE PÚBLICA-AÇÕES DO ENTORNO

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quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Lázaro, feminicídios, Comboio do Cão: relembre o ano no Distrito Federal

Foto:(crédito: PCDF/Divulga??o)
Na retrospectiva do Correio para o Distrito Federal, é constatado um ano de tragédias, quebra de recordes de crimes, mas a comprovação dos benefícios da vacinação O Distrito Federal foi palco de tragédias, conquistas e vitórias em 2021. Entre os números expressivos de feminicídios e a caçada à Lázaro Barbosa, os moradores do quadradinho puderam comemorar um avanço expressivo na imunização contra a covid-19, que derrubou drasticamente o número de internações pela doença. Confira abaixo os momentos mais importantes do ano aqui, no Distrito Federal: A vacinação no DF Em 19 de janeiro, dois dias após a primeira vacina contra a covid-19 ser aplicada no Brasil, o Distrito Federal iniciou a campanha de vacinação. A prioridade do Governo do DF (GDF) foi imunizar 47,5 mil profissionais de saúde que atuavam na linha de frente, além de 3,7 mil idosos e 300 indígenas. Depois, na segunda fase, foi iniciada a imunização por faixa etária e para pessoas com comorbidade, também por ordem de idade. Foto:22/12/2021. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Cidades. Vacinação de reforço contra Covid 19 no Setor militar urbano. (foto: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
A vacinação começou com idosos com 80 anos ou mais, em 31 de janeiro, e seguiu um ritmo lento, o que foi criticado por moradores. Em 21 de março, o DF ainda vacinava idosos acima de 69 anos. Somente em agosto deste ano, finalmente o centro do país passou a vacinar todos com idade igual ou superior a 20 anos. O DF encerra o ano com a aplicação da dose de reforço avançada. Em 26 de novembro, o governo ampliou a dose de reforço para todos com 18 anos ou mais e, na segunda semana de dezembro, diminuiu o intervalo exigido para a aplicação da terceira dose — de cinco para quatro meses. A vacinação diminuiu drasticamente o número de internações na unidade federativa, que chegou a ficar em alerta com a superlotação dos leitos de hospitais. A tragédia dos feminicídios Até novembro, 26 mulheres foram vítimas de feminicídio no DF, um aumento de 50% em relação a 2020. Chama a atenção, a brutalidade dos assassinatos. Muitos dos casos foram contados aqui no Correio. Isabel, 38 anos; Marley, 54 anos; Letícia, 22 anos; Zenilda, 51; Rosileia, 36; Evelyne, 38; Tatiane, 41; Gabriela, 35; Tatiele, 25; Karla, 38; Larissa, 22, karla, 47, Leidenaura, 37; Fernanda, 33, Melissa, 41, Thaís, 27; Simone, 41; Ivani, 42; Milena, 24; Olívia, 47; Jaqueline, 38; Ana Carolina, 21, Giovanna, 20 e Drielle, 34, todas perderam a vida simplesmente pelo fato de serem mulheres. Foto:Drielle possuía medidas protetivas contra Juvenilton (foto: Reprodução)
Ao Correio, a secretária da Mulher Ericka Filippelli afirmou que a meta prioritária da pasta em 2022 é reduzir as estatísticas de feminicídio na capital. Terror: PCDF descobre plano de massacre em escola Fabiana (nome fictício), de 53 anos, acordou assustada com a chegada dos agentes da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na casa dela, em 21 de maio. Eles procuravam a filha caçula dela, de 19 anos, investigada por arquitetar um massacre em uma escola pública no Recanto das Emas. Foram policiais dos EUA que comunicaram à PCDF sobre as intenções da jovem, após o rastreio de envolvimento da suspeita em fóruns on-line. Na casa da jovem, foram apreendidos dois simulacros de arma de fogo, que eram utilizados para treinamento para o dia do massacre, duas máscaras, celulares e dois cadernos de anotações. A suspeita confessou o crime. A mãe da jovem, Fabiana, revelou ao Correio que a filha sofre de esquizofrenia e tem distúrbios psicológicos, além de ter "medo de tudo e todos” desde o dia que sofreu um acidente quando voltava da escola, no Recanto das Emas. Quando as aulas estavam no modo presencial, a filha compartilhou que um colega praticava bullying contra ela, o que a fazia se sentir mal. Foto:21/05/2021-redito: Divulgação/PCDFJovem planejava ataque a escola em que estudou no Recanto das Emas (foto: 21/05/2021-redito: Divulga??o/PCDF)
Nas redes sociais, ela compartilhou com pessoas de São Paulo e Rio de Janeiro a situação e dizia que “queria matar as pessoas que faziam isso”. Fabiana disse que as máscaras e os simulacros de arma de fogo foram comprados por ela, que disse que era “só para a diversão dela”, como qualquer outro brinquedo. A suspeita foi internada compulsoriamente em uma instituição psiquiátrica do DF. Em junho, os policiais civis da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) divulgaram diálogos da jovem com outros suspeitos, trocados por meio de um aplicativo de mensagens. Estavam na mira do grupo estudantes e servidores do colégio. A jovem falou aos comparsas que precisaria fazer um reconhecimento da área por não ir ao local desde que as aulas foram suspensas. Em resposta, um dos suspeitos lembrou que era preciso quebrar as câmeras de segurança do colégio. O terceiro suspeito entra na conversa ao dar a “ideia” de matar os servidores da escola primeiro, para que eles não chamassem a polícia enquanto o massacre ainda estivesse no início. “Eu e você mataríamos todos, exceto três garotos que a gente deixaria sobreviver para contar o que aconteceu hehehe”, escreveu a jovem. “Seria mais ou menos umas 300 mortes kkkkk”, respondeu um dos suspeitos. “30 só na faca. Relaxa, vai ter bastante corpinho kkkk”, acrescentou o terceiro suspeito. A investigação ocorreu em sigilo e a PCDF não publicou o desfecho do caso. Caçada a Lázaro Barbosa Em 9 de junho, Brasília parou para acompanhar uma verdadeira caçada. Lázaro Barbosa fugia para Cocalzinho depois de matar três pessoas da mesma família na Ceilândia. Foram 20 dias de buscas e mais de 270 policiais envolvidos. A caçada terminou com a morte de Lázaro após os policiais terem disparado por mais de 100 vezes e muitas críticas por parte de especialistas em segurança pública. Quase seis meses após o episódio, o caso ainda não teve um desfecho: o inquérito ainda não foi concluído. Foto:09/06/2021 Crédito: PCDF/Divulgação. AQUI DF. Suspeito, Lázaro Barbosa de Souza, procurado pela Policia Civil por Triplo Homicídio. (foto: PCDF/Divulga??o)
Em novembro, um novo fugitivo do DF assustou novamente a população do Entorno. Wanderson Mota Protácio passou nove dias foragidos depois de assassinar a mulher grávida, a enteada e um fazendeiro. DF terá universidade pública própria Em 23 de junho, a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou a criação da Universidade do Distrito Federal (UnDF) Jorge Amaury. Agora, além da Universidade de Brasília (UnB), que é federal, o DF terá a própria instituição de ensino superior gratuita. Pouco mais de um mês depois, em 28 de julho, o governador Ibaneis Rocha (MDB) sancionou a lei de criação e afirmou que “a partir do ano que vem já podemos começar as aulas”. A UnDF será vinculada diretamente à Secretaria de Estado de Educação e oferecerá todos os cursos do futuro currículo gratuitamente. De acordo com o governador, nos próximos quatro anos o Governo do Distrito Federal (GDF) investirá “aproximadamente R$ 200 milhões” na instituição. A legislação determina que 11 áreas sejam oferecidas pela Universidade, entre elas educação física, ciências humanas, educação, letras, ciências da natureza e segurança pública e defesa social. Foto:28/07/2021 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Governador Ibaneis Rocha sanciona lei que cria a Universidade do Distrito Federal. (foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
O concurso para a carreira de magistério superior da UnDF foi aprovado em 13 de agosto, pela Secretaria de Economia do Distrito Federal. A previsão do Executivo é de que 3,5 mil cargos sejam criados para a instituição, com salários que variam de R$ 2,2 mil a R$ 5,2 mil. A Universidade levará o nome do advogado e professor de direito da UnB Jorge Amaury Maia, que morreu de covid-19 em 2 de julho. Briga no trânsito Em agosto, uma briga de trânsito terminou com a servidora pública Tatiana Thelecildes Matsunaga, 40 anos, em estado grave no hospital. Ela foi atropelada pelo advogado Paulo Ricardo Moraes Milhomem, 37 anos, no portão de casa após uma discussão. O advogado está preso preventivamente e foi denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) por tentativa de homicídio. Foto:Paulo Ricardo Milhomem está preso preventivamente desde que atropelou Tatiana Thelecildes Matsunaga, na quarta-feira passada (25/8). Tribunal de Ética da OAB-DF suspendeu temporariamente registro profissional do acusado (foto: Reprodução)
Em novembro, a OAB retirou a suspensão do registro profissional dele, porém ele ainda responde a processo disciplinar na instituição. Já Tatiana deixou o hospital no início de novembro, mas segue em home care para evitar infecções hospitalares. O caso dela ainda é grave. Comboio do Cão A maior facção do DF causou terror para os brasilienses neste ano. Formada há mais de 10 anos dentro da Papuda, o grupo age com requintes de crueldade e tem pontos estratégicos no Riacho Fundo 2, onde armazenam armas e drogas em bares e casas de criminosos. Só no Distrito Federal, a facção é investigada em, pelo menos, 500 ocorrências e 30 homicídios. Em um intervalo de nove dias entre 31 de outubro e 8 de novembro deste ano, os integrantes foram responsáveis por ao menos dois casos de extrema violência. O primeiro foi a morte de Ana Carolina de Lima Araújo, de 21 anos, em um motel de Taguatinga em 31 de outubro. Ela era namorada de um dos chefes do Comboio do Cão, Ruan Rodrigues de Souza. Na época, a mulher foi encontrada sozinha, no quarto, com um ferimento na cabeça. Foto:Acusado de matar jovem em motel foi preso, ontem, durante uma festa (foto: Material cedido ao Correio)
O segundo caso foi a tentativa de homicídio de um sargento da Polícia Militar (PMDF) no Riacho Fundo 2. Em 15 de novembro uma megaoperação prendeu 15 pessoas, entre eles três líderes da facção Comboio do Cão. Além dos presos, foram apreendidos armas, carros de luxo, drogas e munições. Tragédia familiar no Sol Nascente Um caso cheio de mistério — e angústia — mobilizou as forças da Polícia Civil do Distrito Federal no início de dezembro. Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, e a filha, Tauane Rebeca da Silva, 14, foram declaradas desaparecidas em 9 de dezembro quando o marido de Shirlene, Antônio Silva, registrou um boletim de ocorrência após as duas não voltarem pra casa depois de saírem para um passeio em um córrego no Sol Nascente, na Ceilândia. Foto:Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, e da filha, Tauane Rebeca da Silva, 14, mortas no Sol Nascente (foto: Arquivo pessoal)
Após sete dias de buscas, a PCDF admitiu que começaria a investigar a possibilidade das duas terem fugido, hipótese rejeitada pelos familiares das vítimas, que afirmaram que Shirlene não deixaria o filho mais novo, Lucas, para trás — além da mulher estar grávida de quatro meses. As buscas foram encerradas em 16 de dezembro. Quatro dias depois, a PCDF encontrou o corpo das duas em uma região de mata do Sol Nascente, a cerca de 200 metros de distância do córrego Coruja. Elas estavam cobertas por folhas. A polícia identificou marcas de esfaqueamento no tórax da mãe e no pescoço da criança. O caso ainda está em aberto e o laudo da perícia deve ficar pronto nos primeiros dias de janeiro. Foto:25/12/2021. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Cidades. Enterro de Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, e a filha Tauane Rebeca da Silva, 14, mortas no Sol Nascente é marcado por pedido de justiça. (foto: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Fonte:https://www.correiobraziliense.com.br/

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