Federação do UB e PP esfria e Avante perde interesse em fazer união

Presidente estadual do Avante, Thialu Guiotti diz que junção daria mais poder de barganha aos comandantes das legendas junto ao governo federal | Foto: Reprodução--

Presidente estadual do Avante, Thialu Guiotti diz que junção daria mais poder de barganha aos comandantes das legendas junto ao governo federal A discussão sobre a federação entre União Brasil (UB) e Progressistas (PP) esfriou nos últimos dias. A informação é do presidente estadual do Avante, Thialu Guiotti, cuja legenda também debatia a participação nesse combinado. Vereador por Goiânia, Thialu explica que há 15 dias a conversa ainda estava quente. As legendas, contudo, não conseguiram chegar a um consenso. “Hoje, acho que não haverá. E o Avante não tem interesse em fazer a federação apenas com um”, destaca ao Jornal O Hoje. “Não chegaram a uma conclusão nem mesmo dentro da cúpula do União Brasil. Uma fusão, então, ficou fora de questão. Dificilmente há consenso dentro da própria família. Imagine unir o propósito de centenas… É quase impossível”, completou. Vale citar, a federação teria um fundo partidário superior a R$ 1 bilhão. Só o União Brasil e o PP somariam 106 deputados federais e 15 senadores, a maior bancada do Congresso – o Avante mais sete parlamentares. Os números, conforme Guiotti, dariam mais poder de barganha dos presidentes das legendas junto ao Governo Federal. Para os congressistas, ele avalia que o cenário não se alteraria. Situação O União Brasil já estaria na base, em teoria, uma vez que possui três ministérios. Mas o presidente estadual do Avante explica que não é bem assim. De acordo com Thialu, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fechou as indicações com uma pequena participação da legenda, o que não a colocou, efetivamente, na base. De fato, em Goiás, onde o partido tem dois deputados federais, o União é “independente”. Nem Zacharias Calil e nem Silvye Alves estão efetivamente com o governo federal. E a situação se repete pelo País – são 47 congressistas da sigla na Câmara Federal. O PP, então, se posicionou desde o começo fora do grupo petista. “Hoje, dificilmente o presidente Lula aprovaria uma pauta polêmica na Câmara.” E a federação? A federação, nesse sentido, mostraria força e poder de barganha, como já mencionou o presidente estadual do Avante. Além disso, facilitaria o acesso ao fundo, já que em 2026 as regras da cláusula de desempenho, ou de barreira, vão endurecer. Atualmente, para garantir o recurso e o tempo de rádio TV é preciso ter 2% dos votos do País ou eleger 11 deputados federais em nove Estados. O número vai subir para 2,5% e 13. Thialu lembra que o Avante conseguiu a meta pelos 2%. O partido elegeu sete membros na Câmara, o que não seria suficiente. Assim, o vereador por Goiânia aponta que para os presidentes nacionais e estaduais a federação seria mais interessante por causa da montagem das chapas. “Não ocorrendo, haverá o esforço, que já ocorre desde 2020, na construção das chapas. Por causa da cláusula de barreira.” Mas para os parlamentares, ele reforça, não haveria tanta mudança. Nesse sentido, Thialu comemora os ganhos do Avante. Além de conseguir nacionalmente as metas, o que não foi possível para legendas grandes como PSC e Solidariedade – que buscaram fusões –, ele celebra a eleição inédita de dois deputados estaduais: André do Premium e Anderson Teodoro. A expectativa dele é de crescimento no pleito de 2024 e de consolidação em 2026. Por: Francisco Costa Fonte:https://ohoje.com/