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sábado, 22 de outubro de 2022

Resultado da eleição para Senador em Goiás pode mudar

Wilder Morais ao lado do empresário Leandro Batista Nóbrega | Foto: Reprodução
No primeiro turno das eleições, o Frigorífico Goiás fez promoção da “picanha mito” a R$ 22 o quilo O resultado das eleições para senador em Goiás pode ser alterado. Isso porque o Ministério Público Eleitoral requisitou à Polícia Federal, no dia seguinte às eleições do primeiro turno, a instauração de inquérito policial para apuração de eventual crime eleitoral praticado pelos gestores da empresa Frigorífico Goiás. Conforme amplamente divulgado pela imprensa, no dia das eleições essa ação promocional atraiu centenas de pessoas porque ofertou peças de picanha por R$ 22 o quilo ao consumidor que estivesse trajando a camisa da seleção brasileira. O mesmo produto custava R$ 129,99 antes da promoção. Houve tumulto, onde uma cliente se machucou e acabou morrendo. O frigorífico é conhecido por sua ligação com o bolsonarismo. A empresa chegou a ter um helicóptero envelopado com a foto do atual presidente. Em 2019, esse mesmo frigorífico chegou a lançar também um kit-churrasco Mito. Conforme foto divulgada nas redes sociais, o senador Wilder Morais (PL) comemorou a vitória nas urnas ao lado do dono do Frigorífico Goiás, Leandro Batista Nóbrega. Os dois acompanharam a apuração das urnas juntos. Em razão dessa aproximação, o inquérito deve investigar se Leandro promoveu o evento para beneficiar seu amigo Wilder Morais. O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) informou que as denúncias contra o frigorífico Goiás, decorrentes da promoção, foram registradas no sistema Pardal, da Justiça Eleitoral. Pela lei da ficha limpa, abusos de poder econômico e político são causas de inelegibilidade por oito anos. Se o inquérito comprovar ligação entre a promoção e a campanha de Wilder, o senador recém eleito pode perder o mandato. Neste caso, Marconi Perillo (PSDB) assumiria. O Jornal Opção tentou falar com os advogados da campanha de Marconi para saber se eles entraram com algum tipo de ação específica pedindo inelegibilidade do senador Wilder ou mesmo se existe algum questionando abuso econômico em matéria eleitoral, mas até a publicação não houve resposta. De acordo com especialistas em direito eleitoral os fatos, levaram a crer, em tese, tratar-se de propaganda eleitoral análoga à de boca de urna com arregimentação de eleitores; divulgação de propaganda de partido político ou de seu candidato; e a publicação de conteúdos nas aplicações de internet no dia das eleições. “Em uma primeira análise do ocorrido, percebe-se a eventual configuração dos crimes previstos no art. 39, § 5.º, incisos II, III e IV, da lei 9.504/97, e art. 299 do Código Eleitoral”, avalia um jurista consultado pelo jornal. O que diz a lei O abuso do poder econômico em matéria eleitoral é a utilização excessiva, antes ou durante a campanha eleitoral, de recursos financeiros ou patrimoniais buscando beneficiar candidato, partido ou coligação, afetando, assim, a normalidade e a legitimidade das eleições. Por uso do poder econômico entende-se o emprego de dinheiro mediante as mais diversas técnicas, que vão desde a ajuda financeira, pura e simples, a partidos e candidatos, até a manipulação da opinião pública, da vontade dos eleitores, por meio da propaganda política subliminar, com a aparência de propaganda meramente comercial. Fonte:https://www.jornalopcao.com.br/

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