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terça-feira, 21 de novembro de 2017

Corrida ao Buriti: Rollemberg fica isolado e herdeiro do Giraffas articula candidatura em 2018


Marcelo Camargo/Agência Brasil
Francisco Dutra
francisco.dutra@grupojbr.com
O projeto de reeleição do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) está cada vez mais isolado. Evangélicos, progressistas e empresários escolhem caminhos distantes das pretensões do atual chefe do Executivo. Siglas evangélicas como PHS, PSC e PRB ensaiam a formação de uma chapa. Por outro lado, o partido Novo amadurece a possibilidade de lançamento do herdeiro da rede Giraffas, Alexandre Guerra, como pré-candidato ao Palácio do Buriti. Além disso, a Rede abandonou o governo.

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Rollemberg articula arduamente conseguir o apoio evangélico. Contudo, lideranças evangélicas trabalham na formação de uma via alternativa. Apesar do ceticismo de rivais e analistas, segundo o presidente regional do PSC, Daniel de Castro, as tratativas estão bem avançadas entre pelo menos sete partidos, podendo conseguir a adesão de dez, caso tenham êxito.
Com raízes empresariais e liberais, o Partido Novo planeja lançar no Distrito Federal nomes para governo, senado, deputado federal e distrital. “Em cima disso buscamos alternativas. E eu sou uma delas. A minha candidatura é uma possibilidade que deve se definir, pelo sim ou pelo não, nos próximos dias”, afirma Alexandre Guerra.
Prometendo uma nova forma de fazer política, Guerra conta que o Novo não acredita e não pretende usar o fundo partidário em 2018. “É preciso ter desenvolvimento econômico para realizar entregas. E que o Estado se concentre nas necessidades básicas do cidadão, que são saúde, educação e segurança pública”, argumenta.
Depois de PDT e PSD, a Rede é o terceiro aliado original do governador nas eleição de 2014 a deixar o governo. O aumento das passagens no começo de 2017 e a criação de uma secretaria para selar a aliança parcial com PSDB foram algumas das fissuras na ponte entre a legenda, protagonizada por Marina Silva e, o Buriti.
A perda da Rede gera desgastes simbólicos e administrativos a Rollemberg. A pasta simboliza um projeto de renovação política. Por outro lado, a frente dos órgãos do Meio Ambiente estava conduzido projetos importantes como a produção do Zoneamento Econômico e Ecológico (ZEE).
Saiba mais
  • Uma estratégia do governador para se aproximar do segmento evangélico é trazer o deputado federal Ronaldo Fonseca (PROS) para ser uma ponte com a comunidade religiosa.
  • Inserido no grupo evangélico, o presidente regional do PHS, Gilvando Galdino enfatiza que as pesquisas apontam que o eleitor quer novos nomes. Tendo o apoio preliminar do PRB, a via alternativa focará em inovação na gestão. O projeto também terá como referências os valores conservadores evangélicos.
  • Segundo Alexandre Guerra, o Estado precisa ser menor, justamente para que seja maior nas necessidades básicas do indivíduo: saúde, educação e segurança. Neste sentido, o empresário avisa que o Novo descarta a formulação de coligações pragmáticas, cujo alvo é simplesmente conseguir mais votos nas urnas.
  • A definição da candidatura de Guerra dependerá de questões pessoais e de ritos institucionais do Novo. Seja qual for a decisão, o empresário quer participar ativamente da disputa eleitoral.
  • Na visão do Novo, o Estado deve gerar empregos através da iniciativa privada.
  • Personagens políticos calculam que Rollemberg só conseguirá potência para a reeleição com novas ações contundentes. As ações feitas pelo governo até agora não geram peso significativo para 2018.
Procura de aliados, como o PSDB, tem referência no quadro nacional
Apesar de possuir a força da caneta, Rollemberg vive grande dificuldade para conseguir manter aliados e agregar novos apoios. O recente embarque do PSDB no governo foi parcial, pois parte da legenda ainda marca posição de oposição ao governo. Outro ponto importante nesta análise é a influência das forças nacionais. O governador não conseguiu aliança parcial pelas próprias forças, necessitando das bênçãos e do apoio de tucanos de alta plumagem nacional, principalmente do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. De fato, as decisões nacionais sempre nortearam a vida pública de Rollemberg.
“Em 2006, Rodrigo foi candidato a deputado federal em decorrência da aliança entre o PSB e PT. Em 2010, buscou o Senado Federal por determinação das coligações definidas pela direção nacional do PSB. Na última eleição, havia um vácuo político de lideranças no DF e a necessidade de palanques para o finado Eduardo Campos e depois para Marina Silva”, lembra um nome das campanhas de Rollemberg.
Em reservado, aliados e ex-companheiros do governador apontam as razões para o isolamento crescente. O estilo personalista e altamente centralizador e ponto de partida deste diagnóstico. Sem consultar os ditos aliados, o núcleo duro de Rollemberg define as ações de governo. “E o pior, grande parte dessas decisões não leva em conta os desejos e necessidades da população”, enfatizou um personagem com amplo trânsito nos partidos governistas. Outro ponto negativo é a lentidão nos tempos de ação e reação da gestão.
Nomes próximos ao governo também destacam a falta a credibilidade do governo. “Ele fala uma coisa e faz outra. Na criação da secretaria das Cidades, o governador negociou a pasta com três pessoas. E no final ele escolheu um quarto elemento”, relata. No episódio em questão, foram cogitados os nomes de Igor Tokarsky (PSB), Marlon Costa (PSB), Arthur Bernardes (PSD), mas no final quem foi nomeado foi Marcos Dantas (PSB).
Fonte; Jornal de Brasilia

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