Considerada inevitável, a greve dos eletricistas pode afetar mais de 900 atendimentos relacionados à manutenção e reparos na rede elétrica de Goiânia
A greve dos eletricistas, que pode começar nas primeiras horas da madrugada desta sexta-feira, 6, resultará na suspensão de mais de 900 atendimentos relacionados à manutenção e reparos na rede elétrica de Goiânia. Essa paralisação afetará os serviços da Elcop Engenharia e da PSE, responsáveis pela distribuição e manutenção das redes de energia na capital e em cidades do interior do Estado.
Os eletricistas que realizaram piquetes na sede da Elcop, no Jardim Petrópolis, de acordo com a empresa, impediu a saída dos veículos de manutenção e emergência, também desligaram a energia da empresa, comprometendo o acesso às Ordens de Serviço da Equatorial, concessionária de energia de Goiás. Mais de 100 atendimentos foram suspensos apenas na Elcop, na semana passada.
A Elcop informou ao Diário da Manhã que na sexta-feira, 30, houve inclusive, uma paralisação com ameaças de destruição das instalações, que foi contida pela polícia. Mais de 900 atendimentos não foram realizados, incluindo serviços essenciais. “Após a sexta-feira passada, tivemos várias negociações, mas não avançaram”, disseram.
A Elcop alertou que, se a nova paralisação anunciada para a meia-noite desta sexta-feira ocorrer, o impacto poderá ser ainda maior, afetando uma parte significativa de Goiânia, no entanto, considera que será realizada sem conflitos direto. “Confiamos nos nossos colaboradores e sabemos da responsabilidade deles em relação ao patrimônio da empresa. Esperamos que o direito de greve seja exercido de forma pacífica e ordeira”, afirmaram.
A audiência para a continuidade das negociações está marcada para 10 de setembro, às 10h, com a presença da Equatorial e seu jurídico. “Um aumento significativo no salário da categoria terá um impacto financeiro considerável para o consumidor final nas contas de energia”, alertaram. A Elcop, que cumpriu a Convenção Coletiva da Categoria, espera que o sindicato compreenda o cenário econômico e que um contingente reduzido de trabalhadores permaneça em serviço para minimizar os prejuízos à sociedade.
O Sindicato da Indústria da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica no Estado de Goiás (SINDIENERGIAS-GO) divulgou uma nota sobre as negociações com o Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações (SINDTELGO), que começaram em maio com mediação do Ministério Público do Trabalho da 18ª Região. O principal conflito foi o reajuste salarial, com o SINDTELGO pedindo um aumento baseado no IPCA e um ganho real de 2%, além de uma contraproposta de 3,49%.
Apesar de alguns avanços nas negociações, a situação piorou antes da terceira sessão de mediação. A proposta patronal inicial variava de 2% a 35%, com aumento no vale alimentação para R$50. A greve deflagrada em 30 de agosto e as ações judiciais sobre sua legalidade complicaram o processo. No Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT18), o SINDIENERGIAS ofereceu um aumento de 3,69% e um vale alimentação de R$35. Com o impasse, uma nova greve está marcada para iniciar à 0h desta sexta-feira.
Fonte: https://www.dm.com.br/
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