Em julho de 2014, um único gesto de coragem mudou o destino de mais de 200 milhões de pessoas. A Dra. Stella Ameyo Adadevoh, endocrinologista e médica-chefe do First Consultant Hospital, em Lagos (Nigéria), se deparou com um paciente que parecia comum: febre, fadiga, sintomas que poderiam ser malária ou gripe. Mas ela percebeu que havia algo além.
O homem era Patrick Sawyer, recém-chegado da Libéria, onde o Ebola devastava comunidades. O paciente exigiu alta. Autoridades do governo pressionaram para que ela o liberasse mas a Dra. Adadevoh não cedeu. Seu instinto gritava: isso é mais grave.
Ela fez o impensável: isolou o paciente imediatamente, mesmo enfrentando autoridades que queriam liberá-lo. Naquele instante, ela ergueu uma barreira invisível entre a Nigéria e uma possível catástrofe.
E estava certa: Sawyer tinha Ebola.
A decisão dela impediu que o vírus se espalhasse em um dos países mais populosos da África, onde um único caso poderia gerar milhares de mortes. Graças à sua firmeza e coragem, todos os 20 casos no país foram rastreados até esse primeiro paciente.
O preço, porém, foi alto. Ao cuidar dos doentes, ela contraiu o vírus e não sobreviveu. Ela sabia do risco que estava correndo. Sua morte deixou o filho, Bankole, sem mãe — mas deu à Nigéria e ao mundo a chance de escapar de um desastre global.
“Ela foi uma mãe para mim, mas também uma mãe para toda a nação”, disse o filho.
Hoje, a OMS reconhece que a coragem da Dra. Adadevoh foi decisiva para que a Nigéria fosse declarada livre do Ebola em outubro de 2014.
Uma heroína. Um ato. Uma vida entregue para salvar milhões.
Fonte: guardian.ng
📸: Reprodução
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