CAMPANHA-MERENDA NUTRITIVA

CAMPANHA-MERENDA NUTRITIVA
CAMPANHA-MERENDA NUTRITIVA

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

"A culpa precisa ser comprovada", diz Daniel Castro ao CB.Poder

(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A. Press)--
"A culpa precisa ser comprovada", diz Daniel Castro ao CB. Poder Convidado do CB.Poder, o parlamentar comentou sobre os atos golpistas, avaliou as consequências para a imagem das forças de segurança e o afastamento do governador Ibaneis Rocha pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. O CB.Poder — parceria entre TV Brasília e Correio — recebeu ontem o deputado distrital Daniel de Castro (PP). Ao jornalista Roberto Fonseca, o parlamentar analisou as consequências dos atos golpistas ocorridos na Esplanada dos Ministérios no domingo. Ele também comentou a decisão do ministro Alexandre de Moraes de afastar provisoriamente o governador do Distrito Federal, a qual avalia ter impacto sobre uma parcela da população. Avaliou ainda que as obras públicas em andamento no Distrito Federal vão continuar. Como analisa tudo que ocorreu em Brasília no último domingo? É um tempo de equilíbrio, de sensatez e de descer de palanque político. A Esplanada dos Ministérios é emblemática, o palco das manifestações. Pouco tempo atrás, quem fazia manifestação lá era a esquerda e também houve depredação. Naturalmente, nós nunca presenciamos o que tivemos tanto em 12 de dezembro, quanto em 8 de janeiro. Por isso, é necessário fazer apurações. Tenho me pautado, e até enviei uma nota para a imprensa dizendo que, no primeiro momento, devemos garantir a participação. No princípio constitucional, a manifestação democrática, respeitando todos os direitos, é livre. Você pode manifestar sem prévia autorização, mas tem limites. (...) Por fim, digo que deve haver sensatez dos agentes para sentarem à mesa, porque sem diálogo não vamos a lugar nenhum. Eu me preocupo que possa haver uma caça às bruxas, e daqui a pouco, ninguém pode se manifestar. O ato extremista de domingo teve algumas consequências, como o afastamento do governador Ibaneis Rocha. Como o senhor avalia essa situação? Depois da eleição, o governador Ibaneis reconheceu a vitória do presidente Lula. Fez tranquilamente uma transição com o ministro da Justiça, Flávio Dino. Nós tivemos em Brasília um batalhão de gente ligada ao movimento bolsonarista, mas a posse foi pacífica. Quem imaginava que, oito dias depois, teríamos uma tragédia como nós tivemos. Então, veio uma decisão do presidente Lula: intervenção na segurança pública do DF. Já tem o ato de punibilidade. Poucas horas depois, vem um segundo ato, que retira o governador, essa uma decisão judicial. Não vamos afrontar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que é membro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mas a CLDF (Câmara Legislativa) tem que acelerar (as apurações) para que saibamos o nível da culpabilidade. Como o senhor avalia a intervenção na segurança pública do Distrito Federal? Não conheço o interventor, mas acho que ele já está tomando algumas posições importantes. O governador imediatamente exonerou o secretário de Segurança Pública. Ontem (segunda-feira), o interventor exonerou o comandante-geral da Polícia Militar e já indicou um outro. Eu me preocupo muito, porque acho que ninguém pode ser julgado "com a mão de uma caneta". O senhor acha que o andamento de obras públicas no DF pode ser comprometido com o afastamento do governador Ibaneis? Acho que não. Primeiro, viemos de uma grande aliança, em que a vice-governadora Celina Leão, que é inclusive a presidente do meu partido, está extremamente afinada com o governador. Ela fez um gesto extraordinário e veio à Câmara Legislativa dar informação e subsidiar todos os deputados, sobre o que está acontecendo. Há uma aliança forte sedimentada que acabou de ser construída e foi exitosa, elegendo a nossa chapa em primeiro turno. A decisão é: nada para. Brasília não vai parar. As obras não vão parar. Até porque se isso acontecer, prejudicamos quem não pode ser penalizado. Outro impacto dos atos de domingo foi ter colocado em cheque as forças de segurança do Distrito Federal. Como o senhor avalia a real situação dessas instituições? Observamos que (a imagem delas) vai sair chamuscada. É natural. Mas não podemos generalizar. Há pouco tempo todos nós enaltecíamos as nossas forças de segurança. Não é um movimento desse que vai acabar com a estrutura de uma corporação. Houve erro. (...) mas a culpa precisa ser comprovada a nível de um processo, para isso a CPI é uma coisa importante. Fonte: CB Poder

Nenhum comentário:

Postar um comentário