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domingo, 12 de julho de 2020

Política goiana --De nanico a “grandão”, Podemos quer confirmar presença forte nas eleições

Hoje, com o nome de Podemos, a legenda conta com uma ampla representatividade na política e já é a segunda maior bancada do Senado Federal
Deputado José Nelto, presidente estadual do Podemos | Foto: Reprodução

Por Ton Paulo
Com o primeiro registro obtido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em outubro de 1945, o Partido Trabalhista Nacional (PTN) tem um histórico e tanto na política. Nomes como Jânio Quadros, Dorival de Abreu e Thereza Ruiz já foram ostentados pela sigla que já brilhou no passado, mas que passou a perder força com o passar dos anos. Todavia, a mudança de nome ocorrida em 2017 e a grande e atual demanda da população por inovação parecem ter dado ao partido o fôlego que faltava e nos últimos anos seu crescimento foi arrebatador.
Hoje com o nome de Podemos, a legenda conta com uma ampla representatividade na política. São 10 senadores (a segunda maior bancada do Senado Federal), 11 deputados federais e 24 deputados estaduais. O número de filiados também não fica atrás. Se em 2016 o partido contava com pouco mais de 160 mil filiados no Brasil e 9 mil em Goiás, em 2020 o número de filiados subiu para mais de 400 mil e 30 mil, respectivamente.
O partido promete chegar forte para as eleições municipais deste ano e os números endossam isso. No total, 67 pré-candidatos estão confirmados para serem lançados ao redor do Estado. Quanto a vereadores, serão mais de 800 candidaturas. Em Goiânia, o Podemos será representado pelo vereador Felizberto Tavares, cujo principal cotado para vice é o pastor Gilmar Santos, líder o Ministério Cristo para Todos.
Ao Jornal Opção, o pré-candidato à Prefeitura de Goiânia conta que, diante do cenário de pandemia do coronavírus, tem usado as redes sociais par dialogar com os pré-candidatos a vereador, formatar chapa e discutir alianças. “Tem uma agremiação de partidos aí já ouvindo pessoas para uma possível aliança. Posso te afirmar que o processo está muito mais acelerado do que se pensa e vê”, diz.
Felizberto Tavares, pré-candidato à Prefeitura de Goiânia / Foto: reprodução
“Estou trabalhando na pré-candidatura, na formatação de uma chapa e na elaboração de um plano de gestão para a sociedade. Estamos num processo avançado de conclusão, definindo os eixos programáticos que serão apresentados, a forma que esses itens dos eixos, econômico, ambiental, humano, social, e como fazer. Dizer o que fazer é fácil, diagnosticar um problema. Quero ver você fazer um prognóstico”, adianta o vereador.
De de zero a 100
Para Felizberto Tavares, o Podemos desponta hoje como um dos maiores partidos do cenário nacional, argumento corroborado pelo presidente estadual do partido, deputado federal José Nelto. Segundo o parlamentar, o Podemos “saiu de zero para 162 municípios e foi o partido que mais cresceu em Goiás e no Brasil”.
“Teremos candidato na capital, onde está definido o vereador Felisberto Tavares. Vamos ter candidatos à prefeitura em quase 70 municípios do Estado de Goiás, candidatos a vice-prefeito e candidatos a vereadores. O partido não tinha candidato em lugar nenhum. É um partido que cresceu ideologicamente, organicamente e um partido comprometido com três causas: combate à corrupção, fim dos privilégios e distribuição de renda”, relata.
Para José Nelto, Podemos foi o partido que mais cresceu no Brasil / Foto: Facebook
José Nelto acredita que a expansão do Podemos pode ser explicada pela ação da bancada do partido no Congresso Nacional que, segundo ele, atua fortemente no combate à corrupção. “Eu tendo a liderança do partido na Câmara, o senador Álvaro no Senado e as pautas que nós assumimos lá em Brasília são pautas da população brasileira. Temos trabalhado muito para transformar a corrupção em crime hediondo e também na defesa da democracia, da liberdade de imprensa e fim da burocracia do Estado”, conclui.
De acordo com o deputado, o Podemos não contava com nenhum prefeito, quadro que hoje é diferente. Gestores de grandes municípios como Adib Elias, de Catalão, e Divino Lemes, de Senador Canedo, deixaram suas antigas siglas e migraram para o partido de José Nelto. Entretanto, nem todos parecem estar animados com a perspectiva eleitoral.
Ao Opção, Adib disse que não está pensando no pleito e sequer decidiu se será candidato à reeleição em Catalão. O prefeito foi taxativo ao dizer que “não está querendo mexer com política”. Em uma entrevista concedida ao jornal em maio deste ano, Adib afirmou que estava focado no combate à pandemia e que não tinha a política como pauta do debate.
modus operandi do Podemos
Ao que tudo indica, o atual foco do Podemos, antigo PTN, é na inovação. Conforme o vice-presidente nacional do partido e provável nome para ser vice de Divino Lemes em Senador Canedo, Eduardo Machado, a legenda está primando para novos nomes na política mas sem deixar de lados os tradicionais e já consolidados.
“Demos uma ênfase muito grande em pessoas que nunca tinham sido candidatas, que se encaixam no perfil do partido, de uma nova política. Ao mesmo tempo, aqueles políticos já tradicionais que a gente acredita na lisura, na forma de fazer política, trouxemos para os nossos quadros”, conta.
Vice-presidente do Podemos, Eduardo Machado / Foto: Reprodução
Machado vê nas pré-candidaturas lançadas em Goiás pleno potencial e cita alguns nomes que devem se destacar nessas eleições. “A Vanuza Valadares, que já foi deputada, primeira-dama de Porangatu e agora é pré-candidata à Prefeitura de Porangatu pelo Podemos tem grandes chances. A Cida Tomazini, em Pires do Rio, também. São dezenas de candidaturas Estado afora”, avalia o vice-presidente.
Provável vice de Divino Lemes, Machado diz que está animado com a expectativa mas esclarece: Se alguma aliança benéfica para o Podemos depender de uma indicação externa do nome para o vice do prefeito de Senador Canedo, ele não terá problema de abdicar da corrida.
“É uma possibilidade. Sou eleitor de Senador Canedo, tenho propriedade lá, então o meu nome está à disposição. Agora, se a gente constatar que vale a pena, politicamente falando, a gente fazer uma aliança e que para fazer essa aliança a gente tenha que trazer outro nome pra ser vice, eu te falo que eu abriria mão de forma totalmente sincera e sem nenhum tipo de mágoa. O que eu quero é a vitória do Divino”, finaliza.
Fonte: Jornal Opção

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