Caiado: Cobranças por melhoria na energia fornecida pela ENEL (foto divulgação)
ALTAIR TAVARES
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM) contestou, no perfil dele no Twitter, a reportagem do jornal O Popular desta quinta, 7, na qual o jornal informa que o "Estado altera condições de venda da Celg D", agora chamada de ENEL Distribuição . A reportagem cita a Lei 20.416/19, de 5 de fevereiro, e afirma que houve mudança na vigência de ativos que o FUNAC (Fundo de Aporte à Celg) deve cobrir débitos anteriores à privatização.
No artigo primeiro, passa de 27 de janeiro de 2015 para 24 de abril de 2012 o prazo para que recursos do fundo possam pagar dívidas oriundas de decisões administrativas ou judiciais da Celg, no período em que o Estado de Goiás era acionista majoritário.
"É obrigação de um gestor público proteger o contribuinte. Não existe quebra de contrato com a Enel. Apenas seremos rigorosos na análise das dívidas apresentadas ao governo de Goiás. Isso é zelo com o dinheiro dos goianos", disse o governador.
É obrigação de um gestor público proteger o contribuinte. Não existe quebra de contrato com a Enel. Apenas seremos rigorosos na análise das dívidas apresentadas ao governo de Goiás. Isso é zelo com o dinheiro dos goianos. #OrdemNaCasa— Ronaldo Caiado (@ronaldocaiado) February 7, 2019
Por outro lado, não é o que pensa o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), Sandro Scodro, ao avaliar a situação para reportagem de O Popular. “Quando o governo faz a mofificação no fundo que a Celg tinha e foi criado para a Enel pagar as dívidas antigas da Celg, faz quebra de segurança jurídica, o que preocupa”, disse ele.
Reunião não tratou do Decreto
Em 25 de janeiro passado, o governador reuniu-se com o diretor presidente da Enel, Abel Rochinha, no Palácio Pedro Ludovico. O assunto do decreto Lei 20.416/19 não foi tratado. Pelo contrário, relatos da reunião, feitos pela assessoria do governador, demonstravam até convergência de interesses no desenvolvimento do Estado. O presidente da FIEG também estava lá.
A empresa informou que investiu, em 2017, quase R$ 800 milhões em Goiás, outros R$ 750 milhões em 2018, “e vamos continuar no mesmo ritmo em 2019”, informou o Executivo da empresa. Os recursos foram aplicados, prioritariamente, na melhoria do atendimento ao cliente, modificações no modelo de gestão, melhoria da qualidade dos indicadores de serviço, na ampliação do atendimento às propriedades rurais e indústrias.
Abel Rochinha avaliava que “a reunião foi extremamente proveitosa” porque “o governador deixou claro que a aposta dele é idêntica à nossa, de crescimento do Estado de Goiás”. Os diretores afirmaram que a empresa tem as condições necessárias para atender a demanda das indústrias e do setor rural por energia elétrica. “Eu sei o que eu tenho que fazer e como fazer, mas preciso saber onde e quando eu tenho que fazer”, frisou Abel Rochinha que tocou no objetivo central do encontro, a criação de uma via de mão dupla entre o Executivo Estadual e a Enel para que sejam criados os “instrumentos necessários para chegarmos a bons resultados”, sintetizou
Maior reajuste do Brasil
No Instagram, o governador voltou a criticar a ENEL Distribuição por causa do preço cobrado pela energia elétrica e pela qualidade oferecida ao cidadão. E foi apoiado por muitos cidadãos.
Fonte: Diário de Goiás
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