quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Plenário aprova multa para empresa de energia que interromper fornecimento

Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária. Ordem do dia.  Em pronunciamento, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).  Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Jefferson Rudy/Agência Senado



O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (7) o projeto de lei que institui multa a ser paga por empresas concessionárias aos usuários dos serviços de energia elétrica em caso de interrupção no fornecimento. O PLS 209/2015 agora segue para a análise da Câmara dos Deputados.
Do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), a proposta estabelece que, em caso de falha no fornecimento de energia elétrica, a empresa distribuidora ficará sujeita a multa indenizatória que será paga aos usuários finais do sistema “diretamente prejudicados”.
A multa deverá ser aplicada quando for superado o valor limite de indicadores de qualidade do serviço prestado, podendo ser quitada pela forma de crédito na fatura ou em espécie, por prazo não superior a três meses após o período da apuração.
As multas estarão sujeitas a valores mínimo e máximo e não será devida em situações como interrupções de curta duração; interrupção causada por insuficiência técnica no interior da área sob domínio do usuário final; caso de suspensão por inadimplência do consumidor; interrupções programadas pela concessionária ou permissionária de distribuição e interrupções oriundas de atuação de esquemas de alívio de carga solicitado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
De acordo com a proposta, deverão ser implantadas ferramentas que permitam a auditoria dos indicadores de qualidade, independentemente das informações da empresa prestadora do serviço. A implantação desses mecanismos deverá ser iniciada no prazo máximo de 18 meses, a contar da publicação da lei.

Direito do consumidor

O relator do PLS em Plenário, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), ressaltou a importância da proposta.
— Na relação de consumo, o consumidor é a parte hipossuficiente, razão pela qual seus direitos devem ter tratamento diferenciado, inclusive aqueles relativos à indenização por descontinuidades no serviço prestado — disse.
Ele destacou as contribuições dos colegas Walter Pinheiro (sem partido-BA), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Otto Alencar (PSD-BA) para que o acordo para votação da proposta ocorresse. E elogiou emendas dos senadores Wilder Morais (DEM-GO), Valdir Raupp (MDB-RO), Otto Alencar e José Agripino (DEM-RN) que foram incorporados ao texto do projeto.

Risco hidrológico

O texto aprovado também trata do chamado risco hidrológico. A legislação atual obriga as usinas a produzirem uma quantidade mínima de energia. Quando o volume gerado fica abaixo do piso, as hidrelétricas devem pagar uma espécie de multa.
Em alguns casos, a queda é provocada por fatores hidrológicos, como a seca. Mas, de acordo com as empresas, em outras situações a produção cai por conta de fatores como a política energética do governo e os atrasos na entrega de linhas de transmissão. O texto aprovado isenta as hidrelétricas de multa quando a causa for considerada “não hidrológica”.

Cemig

O PLS também trata da controvérsia entre a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a União. Em 2017, um leilão do governo federal vendeu a grupos estrangeiros usinas que respondiam por metade da geração da Cemig.
Por decisão da justiça, as usinas permaneceram sob controle da estatal mineira mesmo após o fim da concessão. A União cobra da Cemig valores relativos à energia produzida nesse período. Pelo texto aprovado, o governo federal abre mão desses recursos.
— Destaco aqui a questão do risco hidrológico, o GSF. Destaco aqui a questão da Cemig, para resolver uma espécie de buraco negro que ficou durante o período da descontratualização das usinas hidrelétricas operadas pela Cemig que foram leiloadas. E destaco, por fim, a sugestão da implantação de uma infraestrutura de distribuidora de gás, que foi alvo de intensa negociação e que não permitiu a apreciação dessa matéria na sessão de ontem. Mas, com as sugestões dos parlamentares, conseguimos produzir um texto comum, que atende, portanto, as demandas que estavam colocadas — disse Fernando Bezerra Coelho.

Gasodutos

O PLS estabelece ainda a criação do Fundo de Expansão dos Gasodutos de Transporte e Escoamento da Produção (Brasduto), vinculado ao Ministério de Minas e Energia. O objetivo é expandir o sistema de dutos de gás natural para todas as capitais.
O texto aprovado também flexibiliza a renovação de concessões de distribuição de energia elétrica previstas na Lei 12.783, de 2013. O prazo hoje estabelecido por essa lei para apresentação do pedido de prorrogação é de 60 meses antes do fim da concessão. O texto aprovado altera o prazo para 36 meses.
Agência Senado 

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Presidente eleito Bolsonaro garante que mulheres vão compor ministérios em sua gestão

Uma das prováveis nomeadas é a especialista em segurança pública Márcia Amarílio da Cunha Silva, tenente coronel do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal
Foto: reprodução/Lula Marques




Uma nova lista de ocupantes dos chamados cargos especiais de transição governamental está para sair em breve. Enquanto as movimentações no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde está sendo realizada a transição no governo federal, se intensificam pouco a pouco, novos técnicos serão nomeados. Segundo um assessor da equipe de transição, a nova lista terá as primeiras mulheres da equipe.
Uma das prováveis nomeadas já está trabalhando no CCBB: é a especialista em segurança pública Márcia Amarílio da Cunha Silva, tenente coronel do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal. Ela já participou da reunião de ontem, quando os trabalhos tiveram início no local. Outras mulheres também serão nomeadas, mas ainda não se sabe quantas.
Com as atenções voltadas para a primeira agenda de Jair Bolsonaro na capital federal após sua vitória nas urnas, o movimento de jornalistas e carros foi menor no CCBB. No entanto, as reuniões continuam, inclusive com a presença de Onyx Lorenzoni, ministro Extraordinário, coordenador da transição.
Uma das discussões que o grupo de transição trava é a respeito da fusão de ministérios. Em meio a dúvidas e questionamentos sobre fundir as pastas de Agricultura e Meio Ambiente, entre outras, os eixos temáticos debatem a viabilidade e efetividade dessas fusões. Dessas reuniões é que sairão as informações mais importantes que balizarão as primeiras ações de governo do futuro presidente da República.
Os eixos temáticos são: desenvolvimento regional; ciência, tecnologia, inovação e comunicação; modernização do Estado, economia e comércio exterior; cultura e esportes; justiça, segurança e combate à corrupção; defesa; infraestrutura; produção sustentável, agricultura e meio ambiente; saúde e assistência social.

Fonte:Jornal Opção

Operação Simulatio-- Polícia Civil investiga esquema de fraude em vistorias do Detran-GO

Ação abrange 14 municípios goianos (Foto: divulgação / PC-GO)


A Polícia Civil (PC), por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores, deflagrou nesta terça-feira (6/11) a Operação Simulatio. A ação investiga um esquema de fraude envolvendo funcionários públicos e despachantes, os quais fraudavam vistorias do Detran.
A ação abrange 14 municípios goianos, entre eles Formosa, Itapuranga, Nova Crixás, Águas Lindas, Aparecida de Goiânia, Planaltina e Guapó. Segundo a PC, mais de 10 pessoas foram presas.

Fonte;Jornal Opção

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Conselho de Comunicação pede rejeição de projetos sobre rádios comunitárias


Sugestões do conselho serão encaminhadas à Mesa do Congresso Nacional. Projetos continuam em sua tramitação normal
Marcos Oliveira/Agência Senado
Conselho de Comunicação Social (CCS) realiza reunião deliberativa.
Conselho de Comunicação manifestou-se contra a venda de publicidade e o aumento da potência de transmissão das rádios comunitárias
Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional decidiu, nesta segunda-feira (5), recomendar a rejeição de três projetos de lei que tratam de rádios comunitárias. Um dos projetos (PL 10637/18), já aprovado pelo Senado e em análise na Câmara dos Deputados, aumenta o limite de potência de transmissão e a quantidade de canais de radiodifusão comunitária.
Outra proposta (PLS 410/17), que está na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, dispensa as rádios comunitárias da cobrança de direitos autorais relacionados à veiculação de músicas e obras literomusicais.
E a terceira proposta (PLS 55/16), que aguarda votação na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, permite às rádios comunitárias a venda de publicidade e a veiculação de propaganda comercial e de interesse público. Segundo o projeto, os anúncios deverão ser restritos a estabelecimentos na área da comunidade atendida, e a receita obtida deve ser integralmente reinvestida na própria rádio. No caso da publicidade de interesse público, o texto permite que as rádios firmem contratos com qualquer ente federado.
Coordenadora do grupo que avaliou as propostas, a conselheira Tereza Mondino afirmou que os textos podem prejudicar as emissoras comerciais. "A análise conjunta dos três projetos de lei em tramitação nos permite perceber a clara intenção de promover alterações substantivas à organização constitucional dos serviços de radiodifusão, em afronta ao princípio da complementaridade dos serviços, que é o fundamento basilar para orientação das normas e dos regulamentos do setor de radiodifusão”, afirmou.
“Com os três projetos, haveria um aumento de cobertura, uma publicidade liberada dentro da área de serviço maior e isenção do Ecad [entidade responsável pela arrecadação de direitos autorais]. A pergunta que fica: quem vai querer fazer radiodifusão comercial em cidades de pequeno e médio porte?", questionou a conselheira.
Texto alternativo
O conselheiro Davi Emerich apresentou um outro texto, em que recomendava alterações nos projetos, no lugar da rejeição total. No caso da veiculação de publicidade, ele propôs um acordo compensatório em que as rádios comunitárias pudessem, por exemplo, fazer anúncio da empresa de energia elétrica em troca do valor gasto em energia.
"Se pudéssemos incluir isso no aspecto legal, fugindo da questão da publicidade, estaríamos dando uma grande contribuição às rádios comunitárias", afirmou.
O Conselho de Comunicação optou, no entanto, em recomendar a rejeição das propostas. O conselho, que tem caráter consultivo, enviará as duas sugestões à Mesa do Congresso Nacional (tanto a aprovada pelos conselheiros quanto a sugestão alternativa).
O Conselho de Comunicação Social tem como atribuição a realização de estudos, pareceres, recomendações e outras solicitações que lhe forem encaminhadas pelo Congresso Nacional a respeito do tema da comunicação social no Brasil. O colegiado é formado por membros da sociedade civil, representantes das empresas de rádio, televisão e imprensa escrita, engenheiros com conhecimento na área de comunicação social e representantes das categorias profissionais dos jornalistas, radialistas, artistas e profissionais de cinema e vídeo.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Reportagem – Paula Bittar
Edição – Pierre Triboli

Mudança --Equipes de transição do governo federal começam a trabalhar nesta semana

A nomeação dos integrantes das duas equipes, de Jair Bolsonaro e Michel Temer, serão publicadas no Diário Oficial da União desta terça-feira (6)
O deputado federal Onyx Lorenzoni será nomeado ministro extraordinário de transição do governo federal, por parte de Bolsonaro (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Por Rafael Oliveira
O coordenador da transição de governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), se encontra na manhã desta segunda-feira (5/11) com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, a fim de oficializar os trabalhos das duas equipes. As nomeações dos integrantes das equipes devem ser publicadas no Diário Oficial da União amanhã (6) e as reuniões de trabalho acontecerão no Centro Cultural do Banco do Brasil, onde a segurança já foi reforçada.
O capitão reformado do Exército também desembarca nesta terça-feira (6) em Brasília, a primeira visita à capital depois de eleito, e deve se encontrar com o presidente Michel Temer (MDB). O presidente eleito embarca em um jato da Força Aérea Brasileira, às 9h na Base Aérea do Galeão e chega a Brasília às 10h20, também na Base Aérea. A visita deverá ser acompanhada pelo empresário Paulo Marinho, do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, e do ex-presidente do PSL Gustavo Bebianno.
Jair Bolsonaro publicou em sua conta pessoal de uma rede social que a equipe terá acesso aos primeiros dados oficiais de governo. “Esta semana damos mais um grande passo, com o início do funcionamento do grupo de transição de governo, absorvendo informações para a reestruturação do Brasil”, ressaltou.
Agenda com embaixadores
Bolsonaro permanece em casa nesta segunda-feira (5) na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro e deve receber dois embaixadores em casa para tratar de assuntos diplomáticos.
A previsão é que o embaixador da China, Li Jinzhang, visite Bolsonaro ainda de manhã e conversem sobre os negócios comerciais entre os dois países. O presidente eleito manifestou anteriormente que não pretende fazer distinção ideológica nas bases comerciais internacionais.
O embaixador da Itália, Antonio Bernardini, está com reunião marcada na agenda de Bolsonaro em seguida do embaixador chinês. O capitão, que é descendente de italianos, garantiu que o governo vai extraditar Cesare Battisti ao seu país de origem. O ativista político italiano, acusado de terrorismo, está asilado no Brasil desde que o benefício foi concedido pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Fonte:Jornal Opção

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Moro diz a juízes que se inspirou no italiano Falcone para deixar a toga

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O juiz Giovanni Falcone (centro) morreu em 23 de maio de 1992 num atentado da máfia Cosa Nostra




FREDERICO VASCONCELOS
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - 

O juiz federal Sergio Moro enviou mensagem aos magistrados da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) em que revela ter se inspirado no juiz italiano Giovanni Falcone, da Operação Mãos Limpas, para decidir trocar a toga pelo comando do ministério da Justiça no governo Jair Bolsonaro (PSL).
Eis a mensagem que Moro enviou aos colegas nesta sexta-feira (2):
"Prezados colegas magistrados federais,
A todos que me endereçaram congratulações aqui, meus agradecimentos.
Foi uma decisão muito difícil, mas ponderada.
Em Brasília, trabalharei para principalmente aprimorar o enfrentamento da corrupção e do crime organizado, com respeito à Constituição, às leis e aos direitos fundamentais.
Lembrei-me do juiz Falcone, muito melhor do que eu, que depois dos sucessos em romper a impunidade da Cosa Nostra, decidiu trocar Palermo por Roma, deixou a toga e assumiu o cargo de Diretor de Assuntos Penais no Ministério da Justiça, onde fez grande diferença mesmo em pouco tempo. Se tiver sorte, poderei fazer algo também importante.
Da minha parte, sempre terei orgulho de ter participado da Justiça Federal e os magistrados terão sempre o meu respeito e admiração. Continuem dignificando a Justiça com atuação independente (mesmo contra, se for o caso, o Ministério da Justiça).
Abs a todos,
Sergio Fernando Moro"
Em abril de 2015, Moro revelou à jornalista Maria Cristina Fernandes, do Valor, quais foram os juízes que motivaram sua atuação na Lava Jato.
Além de Falcone, ele mencionou Earl Warren e Gilson Dipp.
Segundo explicou, Warren tirou a Suprema Corte dos EUA "do pelotão auxiliar do macarthismo para colocá-la na linha de frente da luta pelos direitos civis".
Falcone, depois de conseguir a condenação da Cosa Nostra, na Itália, "dedicou-se a projetos de lei antimáfia".
Dipp, um dos principais artífices das varas de crimes financeiros, foi, segundo a jornalista, "um dos juízes mais temidos pelos escritórios de advocacia do país".
Maria Cristina observou que "o ministro aposentado do STJ foi preservado no oratório do comandante da Lava Jato a despeito do seu parecer contra a espinha dorsal da operação, a delação do doleiro Alberto Youssef".
"A assessores que lhe cobraram a preferência, Moro disse que o parecer não é do juiz, mas do advogado", registrou ela.

Fonte: Diário de Goiás

TRANSIÇÃO DE GOVERNO--- Onyx Lorenzoni será oficializado ministro extraordinário nesta segunda

Como prevê a lei, Temer nomeará ministro o chefe da transição


Onyx Lorenzoni é futuro ministro da Casa Civil e coordena transição do governo. Foto: Walterson Rosa/FramePhoto/Folhapress



O nome do deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) será oficializado como ministro extraordinário nesta segunda-feira (5). O cargo, previsto em lei, é atribuído ao coordenador de transição do governo eleito. A nomeação de Lorenzoni será publicada no Diário Oficial de amanhã. A nomeação será assinada pelo presidente Michel Temer.
É a primeira etapa de uma semana que promete iniciar, de fato, a transição entre o governo atual, de Michel Temer, e o eleito, de Jair Bolsonaro.
Na quarta-feira (7) Bolsonaro se reúne com Temer, pela primeira vez, desde sua vitória nas urnas. Ao conversar rapidamente com jornalistas na tarde de hoje (4), Temer confirmou o encontro e disse que espera que Bolsonaro tenha “muita sorte e muito sucesso”.
No Palácio do Planalto, participarão da reunião o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e Onyx. Porém, é possível que mais ministros também façam parte do encontro. Segundo a assessoria de Padilha, a agenda depende das demandas que Onyx vai apresentar.
No entanto, o futuro ministro extraordinário ainda não fez nenhuma solicitação para esta semana. Na semana passada, ele apresentou os primeiros 22 nomes da equipe de técnicos que trabalhará na transição.
Os nomes estão passando por análise da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), como é praxe em caso de contratações pela União. Em seguida, as nomeações serão publicadas no Diário Oficial.
Outros nomes, até o limite de 50, ainda podem ser nomeados para cargos de caráter temporário, chamados Cargos Especiais de Transição Governamental. O governo eleito, no entanto, ainda não apresentou nenhum outro.
Histórico
Escolhido por Bolsonaro para coordenar os trabalhos de transição e, em seguida, assumir a Casa Civil em seu governo, Onyx Lorenzoni , de 64 anos, construiu carreira política ao longo de vários mandatos parlamentares.
Foi o deputado federal mais votado este ano no Rio Grande do Sul este ano, conquistando mais de 180 mil votos. Tornou-se o homem de confiança de Bolsonaro durante a campanha ao fazer defesas e também gravar vídeos em favor do então candidato.
Formado em Veterinária e nascido em Porto Alegre, Onyx iniciou sua atuação política como presidente do Sindicato dos Médicos Veterinários do estado, na década de 1980. Antes da vida pública, ele trabalhou no Hospital Veterinário Lorenzoni, empresa de que é sócio.
Recentemente, foi o responsável por relatar o projeto que reunia dez medidas de combate à corrupção, que chegou ao Congresso por meio de iniciativa popular. Onyx faz parte da Frente Parlamentar da Segurança Pública, conhecida como Bancada da Bala, que conta com dezenas de deputados.
Em 2014, quando a doação empresarial a campanhas eleitorais ainda era permitida, o deputado recebeu R$ 100 mil de duas das maiores empresas de armas e munições do Brasil: a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) e a Forjas Taurus S.A.
Quatro anos antes, a Taurus repassou R$ 150 mil para a campanha de Onyx, mesmo valor doado pela Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições. 
(Agência Brasil)
Diário do Poder

domingo, 4 de novembro de 2018

Bolsonaro segue passos de Trump e adota rede social para discursar

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A admiração do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) pelo americano Donald Trump não se resume apenas a adotar uma estratégia de campanha parecida ou medidas controversas, como transferir para Jerusalém a embaixada brasileira em Israel.
A inspiração chega ao ponto de influenciar o método usado pelo brasileiro para se comunicar: em vez de meios de comunicação tradicionais, as redes sociais. A exemplo do que acontece nos Estados Unidos, o Brasil caminha para ter um tuiteiro em chefe, apelido que Trump recebeu de críticos e adversários.
Nos Estados Unidos, imprensa e população descobriram que a melhor forma de saber o que o presidente está pensando é acessando o Twitter –a qualquer hora do dia.
A rede social é usada pelo americano para se manifestar sobre todos os assuntos, como imigração, eleições legislativas e opositores.
Quando decide atacar alguém, é igualmente direto. Quando o senador Ted Cruz era adversário nas primárias republicanas, em 2016, era "Ted mentiroso"; hoje, aliado, é o "Ted bonito".
Hillary Clinton, rival derrotada pelo republicano há dois anos, é "Crooked Hillary" (algo como "Hillary desonesta").
Os seguidores do perfil do americano somam 55,6 milhões. Um dia antes de ser eleito, em 2016, eram 19 milhões.
O número de mensagens também é expressivo: até esta sexta (2), foram 39,5 mil tuítes -o primeiro deles, em 2009.
A atividade do republicano na rede social é tão intensa que a emissora CNN, uma das que estão no rol denominado por Trump como 'Mídia Fake News', fez uma página na internet em que compila todas as mensagens. O nome: Todos os tuítes do presidente.
Por que tanta mensagem? Nas palavras do presidente, em tuíte de dezembro de 2017: "É a única forma de lutar contra uma 'imprensa' MUITO desonesta e injusta, agora regularmente referida como Mídia Fake News. 'Fontes' falsas e inexistentes são usadas mais comumente do que nunca. Muitas histórias e reportagens que são pura ficção!"
Bolsonaro ainda não publicou um manifesto parecido e, no Twitter, está engatinhando tanto no alcance quanto na interação com os seguidores à la Trump. O presidente eleito tinha 2,27 milhões de seguidores, e 5.428 tuítes até a última sexta.
Enquanto este texto era escrito, na última sexta, um dos últimos era: "Desautorizo informações prestadas junto à mídia [sic] por qualquer grupo intitulado 'equipe de Bolsonaro' especulando sobre os mais variados assuntos, tais como CPMF, Previdência, etc".
Foi pelo Twitter que Bolsonaro anunciou a indicação do astronauta Marcos Pontes como ministro da Ciência e Tecnologia e que o juiz Sergio Moro aceitou o convite para o Ministério da Justiça.
Para Richard Perloff, professor de comunicação, psicologia e ciência política da Universidade Estadual de Cleveland, o objetivo de ambos, ao usar a rede social, é estabelecer uma relação de proximidade com o público, sem intermediação, e impulsionar sua agenda política.
"Você fala de uma maneira pessoal com seus seguidores e traça uma linha imaginária ao redor da mídia tradicional", diz. "É bom para os políticos. Mas o problema é se a informação que o público receber vier apenas do Twitter e se não houver checagem dos fatos."
Para o professor, o Twitter amplia a mensagem dos presidentes, por ser uma rede social que exige textos curtos (280 caracteres) e que apela "para a falta de foco" que as pessoas têm ao usar mídias sociais.
No caso de Trump, diz, "ele está dando às pessoas o que quer, apela aos piores instintos delas quando escreve no Twitter". Sobre a parte da agenda política, a rede social é usada por Trump majoritariamente para pautar a mídia, na avaliação do especialista.
Presidentes assíduos nas redes sociais

Como usam

Trump
Manifesta-se no Twitter sobre todos os assuntos, como imigração e eleições legislativas.
Também são frequentes críticas a opositores e ataques a meios de comunicação
Bolsonaro
Com poucas agendas públicas na reta final da campanha, usou a rede social para divulgar propostas de governo e atacar adversários. Após a eleição, anunciou ministros pelo Twitter
55,6 milhões
seguem Trump no Twitter
2,27 milhões
seguem Bolsonaro na rede social
(Folhapress) 
Diário de Goiás 

Assembleia Projeto de reestruturação dos cartórios volta a Alego com texto original

sábado, 3 de novembro de 2018

Validade de concurso será suspensa enquanto o governo não puder contratar

A validade de concursos públicos será suspensa durante o período que a administração pública estiver proibida de fazer contratações, como nos casos de impedimentos previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A nova legislação, prevista no projeto de lei n° 2.136/2018, foi aprovada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal na tarde desta terça-feira (30).
O texto vai à sanção do governador Rodrigo Rollemberg. Quando estiver em vigor, garantirá aos aprovados em concursos públicos a suspensão do prazo de validade dos certames até que o impedimento de contratação seja derrubado. De acordo com a justificativa do GDF, a prorrogação da validade dos concursos é benéfica também porque reduz despesas com a realização de novos processos seletivos.
Um grupo de aprovados em concursos acompanhou durante toda à tarde a apreciação da proposta e comemorou a aprovação. O projeto foi aprovado com 18 votos favoráveis e seis ausências.

Remissão – A Câmara também aprovou um terceiro projeto do Executivo, o PL nº 2063/2018, que trata da remissão de créditos tributários, reinstituição de benefícios e homologa o Convênio ICMS 190. De acordo com o relator do projeto em plenário pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Rodrigo Delmasso (PRB), o projeto faz uma adequação à legislação aprovada recentemente no Congresso Nacional. Já o deputado Wasny de Roure (PT), considerou a matéria complexa e inconstitucional e votou contra a proposta. Segundo ele, o projeto promove uma remissão de impostos da ordem de R$ 10 bilhões.
Delmasso ponderou que as remissões estão previstas na Lei de Diretrizes Orçamentárias e contam com a aprovação do Conselho de Secretários de Fazenda (Confaz). O deputado Chico Vigilante argumentou que o projeto resolve um problema enfrentado por empresas que participaram de programas de benefícios fiscais de 1979 e 2008 que foram anulados pela Justiça. Para ele, os empresários venderam as mercadorias contando com os incentivos e se a Lei não for aprovada nenhum empresário vai querer investir novamente no DF.
O projeto foi aprovado com 16 votos favoráveis, um contrário (Wasny de Roure) e uma abstenção (Prof. Reginaldo Veras – PDT).

Carreira socioeducativa – Os deputados aprovaram ainda o projeto de lei nº 2146/2018, do Executivo, que altera a legislação que criou a carreira socioeducativa, modificando os quantitativos de vagas para cada cargo. Pela proposta aprovada, a carreira contará com 700 especialistas socioeducativos, 2.500 agentes socioeducativos, 800 técnicos socioeducativos e 145 auxiliares administrativos. O projeto foi aprovado com 17 votos favoráveis.
De acordo com a justificativa do Executivo, o novo quantitativo de cargos permitirá a contratação de novas unidades e a ampliação da política de atendimento socioeducativo. Os deputados Prof. Reginaldo Veras e Chico Vigilante, apesar de terem votados a favor do projeto, alertaram que o projeto poderá ser questionado na Justiça por não constar da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e ferir normas da LRF. O líder do governo, Agaciel Maia (PR), rebateu as críticas e garantiu que a área jurídica tem total segurança sobre o projeto.

Luís Cláudio Alves
Fotos: Carlos Gandra/CLDF
Comunicação Social – Câmara Legislativa

Retirar ensino superior do MEC pode provocar quebra no atual sistema educacional

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 (Foto/Divulgação)



A anunciada retirada do ensino superior do MEC (Ministério da Educação), levando-o para a pasta de Ciência e Tecnologia na gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL), representaria uma quebra no sistema educacional. Isso, na prática, pode dificultar em um primeiro momento a articulação com a educação básica e ações como a reformulação dos cursos de formação de professores.
O plano foi confirmado pela equipe de Bolsonaro. O objetivo seria abrir espaço para a atuação do MEC na educação básica, uma vez que o ensino superior, sobretudo a gestão das instituições federais, requer muita energia da pasta.

Não há detalhes ainda sobre o que de fato será transferido e o que continuará sob a alçada do MEC. Há indicação, no entanto, de que as pastas da Cultura e Esporte serão anexadas à Educação.
Essa mudança esvaziaria o orçamento da pasta. O ensino superior (incluindo instituições federais, hospitais universitários, ProUni e Fies) representou 64% do gasto primário em educação em 2017, segundo relatório do Tesouro Nacional. Bolsonaro e sua equipe já indicaram que não pretendem ampliar o orçamento da educação.
A ideia da transferência do ensino superior para a Ciência e Tecnologia não é nova. Projeto de lei do ex-senador Cristovam Buarque (PPS), de 2009, já prevê o mesmo, mas não avançou. Na curta passagem pelo MEC, no início do primeiro governo Lula, Cristovam defendia que o MEC aumentasse sua atuação na educação básica.

Cabe ao MEC, hoje, responsabilidades que vão da educação infantil à pós-graduação. Isso confere, segundo especialistas, uma atuação sistêmica sobre a área. Essas competências são previstas na Lei 13.502, aprovada em 2017 pelo governo Michel Temer.
Um exemplo dessa atuação sistêmica, que pode ser dificultada com a mudança: a esperada reformulação dos cursos de formação de professores, por exemplo, depende da articulação entre as instituições de ensino superior e as políticas de educação básica, como a Base Nacional Comum Curricular (que prevê o que os alunos devem aprender).

Há dúvidas também sobre o posicionamento de órgãos ligados ao MEC.
O FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) atua tanto na educação básica quanto na educação superior. Esse é responsável por transferências de recursos para escolas e redes como para o Fies (Financiamento Estudantil). A Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) também tem atuação na educação básica.
As escolas de educação básica estão sob responsabilidade de municípios e estados. O MEC tem a função de induzir políticas educacionais, como, por exemplo, currículo.

Com exceção das universidades, a grande maioria das instituições de ensino superior não faz pesquisa, mas se dedicam ao ensino. Assim, especialistas também não veem sentido em vincular a etapa ao Ministério da Ciência e Tecnologia.
Há ainda o caso dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. As unidades, espalhadas pelo Brasil, oferecem pesquisa, ensino superior e ensino médio. No ensino médio, as médias dos institutos no Enem, por exemplo, são mais altas que a média das escolas privadas.
A avaliação e regulação do ensino superior privado, por exemplo, também se articulam hoje entre o MEC e o Inep, uma autarquia ligada à pasta.

 Folhapress

Fonte:Diário de Goiás 

DGAP-- Três presos fogem pelo telhado do presídio de Ceres


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Policiais Civis que chegavam à unidade no momento perceberam a fuga e conseguiram prender um dos fugitivos
Três presos fugiram da unidade prisional de Ceres na noite desta quinta-feira (1º). Cairo César de Souza Antunes Serrano, 25 anos, Mateus Rosa Machado, 21 anos, e Tiago Silva Souza, 26 anos, aproveitaram o horário de passagem dos presos do regime semiaberto e empreenderam fuga por meio de um buraco feito na laje da cobertura da unidade.
De acordo com a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), após subirem no telhado, os detentos saltaram a porta da administração da unidade e fugiram.
Policiais Civis que chegavam à unidade no momento perceberam a fuga e conseguiram prender Tiago Silva Souza.
As forças policiais foram comunicadas e estão em busca dos outros dois foragidos. Foi determinada abertura de sindicância para apurar as circunstâncias do fato.

Fonte:Jornal Opção

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

O dia em que a tentativa de liberar o lateral Moisés para Botafogo x Corinthians virou caso de política entre os deputados Rodrigo Maia e Andrés Sanchez


EMPRESTADO PELO CORINTHIANS, MOISÉS CHEGOU EM FEVEREIRO AO BOTAFOGO. FOTO: VITOR SANTOS/SS PRESS/BOTAFOGO






Esporte


Essa é para quem acha que futebol é jogado apenas dentro das quatro linhas, sem negociações políticas nos bastidores. Aconteceu aqui em Brasília, no Congresso Nacional… Um diretor do Botafogo liga para o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Entre uma conversa e outra com o parlamentar, o cartola fala sobre a 32º rodada do Campeonato Brasileiro e pede uma forcinha ao poderoso torcedor assumido do clube de General Severiano. Reclama que o técnico Zé Ricardo não poderá contar neste fim de semana contra o Corinthians com três jogadores emprestados ao Glorioso pelo clube paulista: o zagueiro Yago, o lateral-esquerdo Moisés e o volante Jean. Além deles, o zagueiro Marcelo Benevuto e o meia-atacante Luiz Fernando cumprirão suspensão.
Depois de explicar que o veto é um cláusula contratual, o cartola do Botafogo tenta arrumar um “jeitinho brasileiro” de colocar ao menos um jogador em campo: o titular Moisés. O dirigente sugere a Rodrigo Maia que tente convencer o colega deputado e presidente do Corinthians, Andrés Sanchez (PT-SP), a liberar a escalação do lateral-esquerdo. Desprezado pelo Timão, Moisés é peça-chave no Glorioso.
Rodrigo Maia topa a ideia. Telefona para o mandatário do clube paulista e pergunta se Andrés Sanchez está na casa. A resposta é positiva. Imediatamente, o presidente da Câmara convida o cartola para encontra-lo, sem comunicar, no entanto, o interesse do bate-papo.
Ambos conversam sobre assuntos genéricos. Conversa vai, conversa vem, Rodrigo Maia encaixa o como quem não quer nada o assunto futebol no bate-papo. Falam sobre o duelo de domingo, no Rio, entre Botafogo e Corinthians, às 17h, no Estádio Nilton Santos.
Com o status de presidente da Câmara, Rodrigo Maia brinca. Sugere que Andrés Sanchez autorize o desesperado Botafogo, ameaçado pela possibilidade do terceiro rebaixamento, de utilizar o lateral-esquerdo Moisés. Surpreso, o deputado-cartola responde que “tudo bem”.
Se a resposta foi da boca para fora, só saberemos na escalação de domingo. Mas está mais do que provado: política e futebol tabelam — e muito — em Brasília nos bastidores do poder.

Fonte:Correio Braziliense 













Congresso faz sessão solene para celebrar os 30 anos da Constituição

05/10/1988 - Encerramento das votações da nova carta constitucional, com o discurso do Presidente da Assembleia Nacional Constituinte (ANC) Deputado Ulysses Guimarães.
Senado Federal


Parlamentares constituintes comemoram promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988






Selo_30 anos _da _Constituição_O Congresso Nacional fará nesta terça-feira (6), às 10h, sessão solene para comemorar os 30 anos da Constituição federal. A solenidade foi convocada pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira, como parte das comemorações de aniversário da Carta Magna.
Foram convidados todos os parlamentares constituintes e os presidentes da República, Michel Temer, e do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, além de embaixadores e parlamentares em exercício e os que tomarão posse em 2019. Também são esperados o presidente da República eleito, Jair Bolsonaro, e seu vice, o general Hamilton Mourão.
A sessão solene acontecerá no Plenário da Câmara dos Deputados. Na ocasião, deverão ser lançados produtos elaborados por servidores do Senado e da Câmara, como uma edição especial da Revista de Informação Legislativa (RIL) e um áudio-livro para deficientes auditivos, ambos sobre os 30 anos da Constituinte.
Agência Senado 

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Petrobras anuncia redução de 0,84% no preço da gasolina nas refinarias





A Petrobras anunciou nesta quarta-feira (31) uma nova redução no preço da gasolina nas refinarias. Desta vez, a queda anunciada é de 0,84%. Com isso, o litro do combustível passará a ser comercializado a R$ 1,8466 a partir de quinta-feira (1º).
Esta é a décima redução consecutiva do preço do combustível, desde que ele atingiu R$ 2,2514 em setembro. A queda acumulada desde 25 de setembro (quando o preço começou a recuar) chega a 17,98%, ou seja, 40 centavos por litro.
 (Agência Brasil) 
Diário de Goiás