Aquele dente do siso extraído? Pode ser um verdadeiro ouro médico.
Novas pesquisas mostram que células-tronco escondidas dentro dos sisos extraídos podem ser transformadas em neurônios, osso e até tecido cardíaco — abrindo caminho para tratamentos de Parkinson, Alzheimer, lesões nas articulações e insuficiência cardíaca.
Cientistas conseguiram transformar células-tronco da polpa dentária em células semelhantes a neurônios que disparam sinais elétricos, um passo crucial para reparar o cérebro.
Essas células-tronco dentárias são obtidas de forma ética e indolor durante cirurgias bucais de rotina, e revelam um potencial extraordinário. Na verdade, superam as células-tronco da medula óssea na geração de tecido ósseo — sendo ideais para futuras terapias envolvendo articulações, lesões no crânio ou até doenças cardíacas.
Com cerca de 10 milhões de sisos extraídos anualmente só nos EUA, cientistas pedem para as pessoas preservarem esse valioso recurso biológico. Já existem serviços que oferecem a preservação de células-tronco a partir dos dentes — funcionando como um “backup biológico” para tratamentos no futuro.
À medida que os testes clínicos avançam e a tecnologia evolui, sua ida ao dentista pode, um dia, ser o bilhete para tratar seu cérebro, coração ou ossos. Jogar fora esse dente pode ser literalmente jogar fora uma possível cura.
ARTIGO CIENTÍFICO
B. Pardo-Rodríguez et al., “Functional differentiation of human dental pulp stem cells into neuron-like cells exhibiting electrophysiological activity”, Stem Cell Research and Therapy, 16, Artigo número: 10 (2025)
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