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domingo, 17 de janeiro de 2021

Outsider vira insider --4 partidos disputam o passe do presidente Jair Bolsonaro

O PP de Ciro Nogueira saiu na frente. Mas o Republicanos de Marcos Pereira, o PTB de Roberto Jefferson e o Patriota também estão no páreo
O presidente Jair Bolsonaro: forte candidato à reeleição, mas precisa de ampliar suas bases político-eleitorais | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil A eleição para presidente da República será realizada daqui a um ano e oito meses. Por isso, aquele político que ainda não tem partido terá, com relativa urgência, de buscar uma filiação. O PSL interessava a Bolsonaro, porque tem dinheiro e tempo de televisão, o que fortalece qualquer campanha. Mas, na disputa para presidente da Câmara dos Deputados, seus líderes estão se mostrando indóceis e não aceitam a orientação do presidente para apoiar Arthur Lira. Portanto, tudo indica que o PSL foi riscado do mapa do poderoso chefão da República. Bolsonaro quer, por certo, um partido que tenha tempo de televisão e recursos financeiros. Durante a campanha, por ser presidente, por isso tem desgaste, vai precisar de tempo adequado para apresentar suas ideias — um ideário ampliado, pois mais do mesmo pode não agradar o eleitorado —, se defender das críticas e contra-atacar os principais adversários. E, claro, vai precisar de dinheiro para bancar a campanha. Estando na Presidência, o que lhe confere um poder imenso, terá acesso facilitado a recursos, mas as verbas partidárias são cruciais para bancar a base política nos Estados.
Ciro Nogueira: senador e presidente nacional do PP | Foto: do Diretório Nacional do PP Há vários partidos lutando pelo passe político de Bolsonaro, que, apesar de muito criticado nas redes sociais, é popular, com um eleitorado possivelmente cativo. O presidente tem a rara capacidade de transferir votos. Talvez isto tenha caído, dados erros no combate à pandemia do novo coronavírus e à crise econômica, mas ele continua relativamente forte. Num partido pequeno, será Deus, mas não terá estrutura (dinheiro, tempo de televisão e bases político-eleitorais nacionais). Por isso, PP, Republicanos, PTB ou Patriota são os preferidos. Bolsonaro tem conversado com o presidente do PP, Ciro Nogueira. Se tornaram “amigos” dos tempos do jardim de infância. O PP é um partido que conta com estrutura nacional e é forte no Congresso. Seria uma escolha realista.
Marcos Pereira, presidente do Republicanos | Foto: Reprodução A interlocução entre o deputado federal Marcos Pereira, presidente nacional do Republicanos e bispo licenciado da Igreja Universal, e Bolsonaro é das mais positivas. As pautas do partido, de matiz evangélicas, são iguais às do presidente. Ideologicamente, é o partido com o qual tem mais identidade. O PTB do ex-deputado Roberto Jefferson trabalha, de maneira intensa, para conquistar o passe de Bolsonaro. O presidente o aprecia, dada a defesa corajosa que faz do governo e de sua pessoa e seus filhos. Mas como se filiar ao partido dirigido por um ex-presidiário? Como poderá justificar isto, durante a campanha, se é um pregador da “moralidade pública”? Como em política se justifica tudo, até o injustificável, não é impossível a filiação ao PTB. E, a rigor, quase todos os grandes partidos têm problemas com probidade.
Roberto Jefferson: luta pelo passe de Bolsonaro | Foto: Divulgação O Patriota também ambiciona contar, em seus quadros, com Bolsonaro. Seria sua chance, em tese, de eleger uma grande bancada de deputados federais em 2022. Mas o Patriota fortalece Bolsonaro? Não, possivelmente. É Bolsonaro quem fortaleceria o partido.
Jair Bolsonaro e Adilson Barroso, presidente do Patriota | Foto: Reprodução Postula-se que, em 2022, Bolsonaro poderá ir para o segundo turno contra um candidato de esquerda, talvez Fernando Haddad, do PT; um candidato de centro, como João Doria, do PSDB, ou Luciano Huck; ou um candidato de centro-direita, como Sergio Moro. Não será uma tarefa fácil. Em 2018, o presidente ganhou quase “sozinho”. Mas em 2022, dado o desgaste crescente, vai precisar de amparo de um agrupamento político forte em todo o país. Bolsonaro é um outsider que, na reeleição, tenderá a se tornar, ao menos em parte, um insider. Fonte: Jornal Opção

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