Ao completar seus 60 anos de criação, a cidade satélite de Taguatinga-DF, recebeu, nesta terça-feira (5) uma homenagem especial de coletivos culturais da região, na Praça do Relógio. Houve apresentações de grupos de dança, bonecos, música, poesia, entre outras atividades literárias. O grupo de artistas da escola de braile de Taguatinga também se apresentou ao público presente. O evento foi uma edição especial do Encontro na Praça, promovido pelo movimento literário, cultural e de defesa da natureza Cidades Fraternas e pelo Celeiro Literário Brasiliense, que tem realizado uma intervenção cultural multifacetada (literatura, poesia, musica, pinturas e outras) para promover uma ocupação da área pública que leve as pessoas a se encontrarem e a dialogarem. A intervenção teve o apoio da Administração Regional. O coordenador das oficinas pelo Cidades Fraternas Júlio Carneiro, disse que as intervenções culturais tem como objetivo principal promover uma nova cidadania inspirada no princípio da fraternidade universal. “ Hoje nossa Taguatinga amanheceu sessentona. Hoje também é Dia Mundial do Meio Ambiente. Isso tem a ver conosco, pois se por um lado somos rodeados de espaços verdes, por outro muito já se perdeu. Não podemos perder o dom da natureza e o encanto da vida. E nossa cidade esta na contramão dessa historia. O lixo nas ruas representa as manchas que mais denigrem nossa cidade. Falta cidadania, falta a conversão do cidadão que não pensa nos outros e nem em si mesmo. Uma cidade não cresce somente com investimento, mas precisa desenvolver seu lado humano e acolhedor. Este é o dever das cidades fraternas”, declarou Júlio. Para o escritor Ismar Lemes de Abreu, do Celeiro, quando os relacionamentos inspirados pelo princípio da fraternidade universal, junto com a liberdade e a igualdade, passarem a conduzir a vida da cidade, não existirá nenhum problema que não possa ser solucionado. Essa nova ordem cívica transforma a cidade e prepara os seus cidadãos para a construção do mundo unido. Os movimentos promovidos pelos coletivos literários são a própria dinâmica de realização do Encontro na Praça, começando pela mobilização das pessoas, pela preparação conjunta do programa, pelos contatos com as autoridades e instituições e pelo respeito a cada elemento que compõe o universo de uma cidade, inclusive a natureza. “A cada Encontro na Praça que realizamos aumenta a confiança na capacidade que cada pessoa, cada cidadão possui para construir uma cidade nova, onde sobretudo os relacionamentos são renovados”, diz o escritor Hézio Teixeira, componente do grupo.
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