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domingo, 24 de novembro de 2019

Legendas em construção --Líderes de outros partidos em criação acham que assinatura digital não será acatada pelo TSE

Presidente Jair Bolsonaro tenta este meio para agilizar criação do Aliança pelo Brasil para disputar eleições de 2020

Fachada do TSE | Foto: divulgação



Há mais partidos à espera de registro que partidos ativos no Brasil atualmente. É o que revela o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Enquanto os políticos eleitos se distribuem pelos 32 partidos já existentes, a fila de espera conta com 76 legendas. A Aliança Pelo Brasil, sigla anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro ainda não consta na listagem do TSE, porque ainda deve cumprir com alguns trâmites.
O fato é que não é tão simples e é necessário seguir algumas leis que regimentam a criação dos partidos, como a Lei 9.096/1995 e o Regulamento 23.571 de 2018. Entre as obrigações que os partidos precisam cumprir antes de serem registrados, está a criação do Programa, que define o caráter ideológico, e o Estatuto, com as regras a serem seguidas por seus filiados.
Depois disso, é preciso registrar um requerimento em Cartório com, ao menos, 101 nomes de fundadores com domicílio eleitoral em, no mínimo, 9 estados, e que estejam em dias com seus direitos políticos. Então, é preciso levar ao conhecimento do TSE a criação do partido. Por fim, devem ser coletadas, ao menos 491.967 em um período de dois anos, para comprovar o apoio de eleitores.
Wegney da Costa Teodoro é presidente do Consciência, sigla em processo de registro no TSE, e é favorável a criação de outros novos partidos, como o Aliança Pelo Brasil. “Sou a favor dos partidos, pois cada um defende bandeiras diferentes. O que deve mudar é a reeleição no Executivo de candidatos e partidos. Vemos muito tempo de poder nas mãos de único partido, como foi o caso do PT,  que teve 16 anos de governo. Quanto tempo mais ficariam outros?”, indagou.
Presidente nacional do Iguais, partido também em criação, Raul Rodrigo Vieira de Barros acredita que o surgimento de novas legendas é fundamental para a democracia. “Somos contra cláusulas de barreira para diminuir o número de partidos. O Brasil é carente da ascensão de novos líderes. Se diminuírem os partidos, eles irão atrapalhar o surgimento de novas lideranças. Dessa forma, beneficia os mesmos grupos políticos de sempre. Somos contra isso. Acredito no papel democrático, de escolha do cidadão, independente do partido, da consciência e de que a representatividade deve estar disponível em todos os segmentos da sociedade”, comentou.
Sobre a regra das assinaturas, Raul comentou que o presidente deve tentar usar sua influência e respaldo para agilizar o processo de criação do Aliança Pelo Brasil, mas não acredita que o TSE vá acatar. Jair Bolsonaro já comunicou que, caso não seja aceito, seu partido não participará das eleições no próximo ano. A presidente do TSE, ministra Rosa Weber, agendou para a próxima terça-feira, 26, o julgamento para aceitar ou não assinaturas digitais.
Fonte;Jornal Opção

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