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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Servidores Pedem A Saída De Diretor-Geral Da ANTT Citado Na Lava Jato


Questionado pelo Metrópoles, o Palácio do Planalto informou que o presidente Michel Temer desconhecia as denúncias


GERALDO MAGELA/SENADO FEDERAL



A União Nacional dos Servidores de Carreira das Agências Reguladoras Federais (UnaReg) vai enviar, nesta quinta-feira (22/2), um oficio ao presidente Michel Temer (MDB) pedindo a saída do diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Mário Rodrigues Júnior. Uma nota de repúdio também foi divulgada pela entidade. O atual chefe da agência foi citado por delatores da Lava Jato e é suspeito de receber propina nas obras do Rodoanel, em São Paulo.
Rodrigues Júnior foi nomeado nesta terça-feira. Questionado pelo Metrópoles, o Palácio do Planalto informou que Temer desconhecia as denúncias e não respondeu se haverá substituição no cargo. Segundo os servidores, “há na própria ANTT outros diretores sobre os quais não pesam acusações de tal natureza, que poderiam exercer a representação máxima da agência”.
MAIS SOBRE O ASSUNTO
“A Unareg não pode se furtar a repudiar veementemente a nomeação, pelo presidente da República, para o cargo de diretor-geral da ANTT, de um cidadão investigado por recebimento de propina, em especial, em obras do setor rodoviário. Por compreender que a denúncia macula a própria Agência Nacional de Transporte Terrestre, é imperativo que a nomeação seja revogada até que as denúncias sejam esclarecidas”, diz a nota de repúdio.Denúncias
O nome do atual diretor-geral foi mencionado em uma das delações da Odebrecht. Segundo Roberto Cumplido, ex-executivo da empreiteira, Rodrigues Júnior teria pedido R$ 1,2 milhão sobre as obras do Rodoanel, em São Paulo.
À época, ele era diretor de Engenharia da Dersa – Desenvolvimento Rodoviário S/A, concessionária do governo paulista. O dinheiro, de acordo com o delator, seria usado em campanhas políticas. A construção foi licitada em 2006, na gestão de Geraldo Alckmin (PSDB).
Depoimento formal do ex-diretor da OAS Carlos Henrique Barbosa Lemos, em agosto do ano passado, também colocou o nome de Mário Rodrigues sob suspeição. Ele disse ter repassado R$ 2,3 milhões para o recém-nomeado diretor-geral da ANTT.
Parte dos recursos teria sido paga em forma de doações eleitorais e outra em espécie. Procurado, o diretor-geral disse que não vai comentar conteúdos que serão objeto de exame do Poder Judiciário.

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