domingo, 12 de abril de 2015

Fusão entre PSB e PPS atrai os senadores Paulo Paim, Lúcia Vânia e Marta Suplicy



Fusão entre PSB e PPS atrai os senadores Paulo Paim, Lúcia Vânia e Marta Suplicy


Lúcia Vânia, Marta Suplicy e Paulo Paim: três senadores que caminham para se filiar ao PSB. Querem uma alternativa política | Fotos: Fernando Leite/Jornal Opção, Agência Senado e Geraldo Magela
Lúcia Vânia, Marta Suplicy e Paulo Paim: três senadores que caminham para se filiar ao PSB. Querem uma alternativa política





A imprensa está de olho na fusão entre o PTB e o DEM, mas a fusão que pode sair antes é a do PSB com o PPS. Os dois partidos são socialistas — aliás, mais próximos da socialdemocracia europeia — e, portanto, têm identidade política. Não há resistência à união. O partido nasceria com quase 50 deputados federais e ganharia mais três senadores — Paulo Paim (RS), Marta Suplicy (SP), que devem deixar o PT, e Lúcia Vânia (GO), que está deixando o PSDB.
A crise do PT, que deve perder terreno eleitoral tanto em 2016 quanto em 2018 — devido à desmontagem de sua imagem ética —, possivelmente vai abrir espaço para um grande partido de esquerda, que poderá ser aquele que surgir da fusão entre PSB e PPS. Acredita-se que o espaço do PT, se este desmoronar de vez, não será ocupado pelo PSDB, que é visto como elitista e distanciado dos movimentos sociais e sindicais. Seria “ocupado” por outro partido de esquerda, mas não corroído por denúncias de corrupção.
Em São Paulo, Marta Suplicy, que deve disputar a prefeitura contra o desgastado Fernando Haddad, planeja sair o mais rápido possível do PT. Primeiro, para se “limpar” da imagem de petista. Segundo, porque precisa se postar, desde já, como “a” oposição ao petista Haddad.
Em Goiás, como não deverá disputar mandato em 2016, Lúcia Vânia tem mais tempo. Porém, se quiser organizar o PSB no Estado, precisa sair um pouco mais cedo para articular as filiações — quem quiser ser candidato a prefeito e vereador tem de se filiar até setembro deste ano — e fortalecer o partido para o pleito de 2018, quando deverá disputar, pela terceira, mandato no Senado.
Um aliado do presidente do PSB em Goiás, Vanderlan Cardoso, diz que as conversações com Lúcia Vânia estão “fechadas”. “Ela vai jogar no nosso time”, frisa. “Nós sabemos que o PPS também é uma opção para a senadora, mas o PSB é mais interessante porque tem uma bancada sólida no Senado e está crescendo”, afirma o político.
Um político que mantém interlocução com o PSB avalia que Vanderlan Cardoso planeja ser candidato a prefeito de Goiânia, mas “não demonstra muita vibração”. “Vanderlan espera obter o apoio do governador Marconi Perillo, porém, embora o tucano seja imprevisível, a tendência é que o PSDB banque um candidato a prefeito e deixe a negociação com políticos de outros partidos para o segundo turno. Insisto que, para Marconi, tendo pré-candidatos sólidos no PSDB, como Jayme Rincón e Giuseppe Vecci, não será fácil apoiar candidato de outro partido.”
Na possibilidade de um se­gundo turno entre Iris Rezende, do PMDB, e Vanderlan, a tendência é que o tucano-chefe fique com a segunda hipótese. Não tanto por ter muito entusiasmo por Vanderlan, e sim para enfraquecer Iris. Porque, se este for eleito, o PMDB terá mais estrutura para disputar o governo em 2018. Se Iris perder, é possível que seja mais fácil, para Marconi, eleger seu sucessor.

Fonte:Jornal Opção


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