No Brasil, menor pode roubar e matar tranquilo, com o regulamento do ECA – o Estatuto da Criança e do Adolescente – debaixo do braço, que pega no máximo três anos de recolhimento na Fundação Casa, como vimos aqui e aqui. A partir dos 10 anos, pode decorar as cartilhas sobre sexo e masturbação distribuídas nas escolas públicas [aos 15min, aqui] e tentar colocá-las em prática no banheiro. Aos 16, já pode votar para decidir os rumos do país. Mas trabalhar para ganhar dinheiro? Ah, isso não. Nem pensar! O Ministério do Trabalho não deixa. Aplica multa ao empregador, como fez com o empresário Marcio Silva Almeida por pagar R$ 300 por mês ao menor Wesley Lopes, de 14 anos, para ajudar em sua oficina mecânica, o que permitiu que Wesley comprasse tênis e bicicleta, tivesse mais de R$ 500 na poupança e ganhasse até material escolar de um cliente, conforme relatou Marcio ao site Primeira Hora, em matéria por cuja indicação agradeço ao meu compadre Alexandre Borges. E os “humanistas” da esquerda ainda legitimam moralmente a criminalidade falando da falta de oportunidades para os pobres, do sofrimento de ver os ricos com tênis da moda, relógios bacanas, carros do ano, aquela “ostentação” toda…
“Só no Brasil que isso acontece. Um jovem estudioso, filho de uma família pobre é impedido de trabalhar, ter seu próprio dinheiro e quem oferece oportunidade, ao invés de ser incentivado, é punido”, desabafa o empresário, que não considerava Wesley um empregado, mas quase como um filho adotivo.
Vai que todos os menores resolvem trabalhar, não é mesmo? Podem não querer mais ir à escola aprender a ser militantes, ao shopping fazer rolezinho, às ruas cometer crimes contra a população… A esquerda precisa se precaver contra esta perda irreparável. Já imaginou o trabalho que daria mudar todo o discurso de exploração do ressentimento alheio? Das “vítimas da sociedade”? Abandonar chavões não é um esforço terapêutico para qualquer um.
Quem compartilha da indignação do empresário é a mãe de Wesley, dona Odete que sempre apoiou o filho que faz o 1º ano do Ensino Médio no período matutino e a tarde ficava na oficina. Ela chegou a pedir autorização do Conselho Tutelar para que ele trabalhasse na oficina.
“O patrão não deixava que ele fizesse serviço pesado. No máximo lavava alguma peça ou entregava aos mecânicos alguma chave leve. O trabalho nunca atrapalhou os estudos. Pelo contrário, ele gostava, porque tinha seu próprio dinheiro”, revela. Agora, com a proibição da Justiça do Trabalho, Wesley segue a rotina de estudar pela manhã e à tarde fica em casa assistindo televisão.
Talvez acabe assistindo às propagandas de aborto e de livro do Che Guevara das nossas novelas, atividades decerto mais instrutivas do que trabalhar em oficina, na cabeça dos legisladores brasileiros. Não que eles tenham sido sempre assim. “A velha Consolidação, na redação original, era mais inteligente e socialmente correta do que a atual, fruto de mudanças ditadas pelo oportunismo populista”, como escreveu Almir Pazzianoto em 2012, em artigo - reproduzido na Veja.com por Augusto Nunes – que mostrava como, em nome das “boas intenções”, a legislação foi mudando para pior até a apoteose do absurdo no fim da década de 1980. Dizia Pazzianoto, antecipando o caso Wesley:
Crianças e adolescentes de famílias dotadas de bom poder aquisitivo frequentam as melhores escolas, aprendem inglês e a usar computador, praticam esportes, vestem-se bem e se alimentam no mínimo três vezes por dia. À medida que o poder aquisitivo dos pais se reduz, a criança torna-se dependente do ensino público e, depois de poucas horas diárias de aula (quando os professores não se encontram em greve), nada tem para fazer; ficará horas diante da televisão, ou nas ruas, no exercício do discutível direito de ir e vir, e de vadiar em logradouros públicos, como lhe assegura o Estatuto. Creio ser desnecessário examinar a situação em que os adolescentes se encontram. Os relatos diários sobre a violência e o tráfico de drogas são suficientes. Ora um dos envolvidos é menor de 18, ora é maior, mas nascido após a promulgação da Constituição de 88, e da Lei n. 8.069/1990.
Adolescente pobre, em suma, não pode desenvolver habilidades e conhecimentos técnicos ganhando um dinheirinho ao mesmo tempo. Para não ser “explorado” pelo capitalismo, tem de ficar à toa sendo adestrado pelos socialistas e aliciado por criminosos.
Uns, como de hábito, preparando o terreno para os outros.
“Só no Brasil que isso acontece. Um jovem estudioso, filho de uma família pobre é impedido de trabalhar, ter seu próprio dinheiro e quem oferece oportunidade, ao invés de ser incentivado, é punido”, desabafa o empresário, que não considerava Wesley um empregado, mas quase como um filho adotivo.
Vai que todos os menores resolvem trabalhar, não é mesmo? Podem não querer mais ir à escola aprender a ser militantes, ao shopping fazer rolezinho, às ruas cometer crimes contra a população… A esquerda precisa se precaver contra esta perda irreparável. Já imaginou o trabalho que daria mudar todo o discurso de exploração do ressentimento alheio? Das “vítimas da sociedade”? Abandonar chavões não é um esforço terapêutico para qualquer um.
Quem compartilha da indignação do empresário é a mãe de Wesley, dona Odete que sempre apoiou o filho que faz o 1º ano do Ensino Médio no período matutino e a tarde ficava na oficina. Ela chegou a pedir autorização do Conselho Tutelar para que ele trabalhasse na oficina.
“O patrão não deixava que ele fizesse serviço pesado. No máximo lavava alguma peça ou entregava aos mecânicos alguma chave leve. O trabalho nunca atrapalhou os estudos. Pelo contrário, ele gostava, porque tinha seu próprio dinheiro”, revela. Agora, com a proibição da Justiça do Trabalho, Wesley segue a rotina de estudar pela manhã e à tarde fica em casa assistindo televisão.
Talvez acabe assistindo às propagandas de aborto e de livro do Che Guevara das nossas novelas, atividades decerto mais instrutivas do que trabalhar em oficina, na cabeça dos legisladores brasileiros. Não que eles tenham sido sempre assim. “A velha Consolidação, na redação original, era mais inteligente e socialmente correta do que a atual, fruto de mudanças ditadas pelo oportunismo populista”, como escreveu Almir Pazzianoto em 2012, em artigo - reproduzido na Veja.com por Augusto Nunes – que mostrava como, em nome das “boas intenções”, a legislação foi mudando para pior até a apoteose do absurdo no fim da década de 1980. Dizia Pazzianoto, antecipando o caso Wesley:
Crianças e adolescentes de famílias dotadas de bom poder aquisitivo frequentam as melhores escolas, aprendem inglês e a usar computador, praticam esportes, vestem-se bem e se alimentam no mínimo três vezes por dia. À medida que o poder aquisitivo dos pais se reduz, a criança torna-se dependente do ensino público e, depois de poucas horas diárias de aula (quando os professores não se encontram em greve), nada tem para fazer; ficará horas diante da televisão, ou nas ruas, no exercício do discutível direito de ir e vir, e de vadiar em logradouros públicos, como lhe assegura o Estatuto. Creio ser desnecessário examinar a situação em que os adolescentes se encontram. Os relatos diários sobre a violência e o tráfico de drogas são suficientes. Ora um dos envolvidos é menor de 18, ora é maior, mas nascido após a promulgação da Constituição de 88, e da Lei n. 8.069/1990.
Adolescente pobre, em suma, não pode desenvolver habilidades e conhecimentos técnicos ganhando um dinheirinho ao mesmo tempo. Para não ser “explorado” pelo capitalismo, tem de ficar à toa sendo adestrado pelos socialistas e aliciado por criminosos.
Uns, como de hábito, preparando o terreno para os outros.
Fonte:http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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