Empresas ainda estão longe de dar o atendimento que os brasileiros querem, sobretudo depois da venda dos produtos
A boa notícia, segundo ele, é que a conscientização de que existem direitos que devem ser respeitados é crescente, assim como a procura pelo apoio de órgãos de defesa. Faltam, porém, maior preocupação preventiva, velocidade na resolução dos problemas, educação para o consumo nas escolas, apoio do Legislativo aos projetos de interesse do consumidor e, sobretudo, o respeito à legislação, tanto pelas empresas da iniciativa privada quanto pelas agências reguladoras de serviços essenciais.
“O número de reclamações aumentou, mas o pós-atendimento ainda é precário, o índice de eficiência é baixo e a relação com as empresas piorou”, disse Tardin. “Os problemas se agravam porque os consumidores só despertam para possíveis problemas depois do contrato assinado, da compra efetuada. É preciso uma atenção preventiva, avaliar as condições do negócio, ler o contrato, pesquisar mais”, destacou.
Tardin ressaltou que o CDC foi criado antes da expansão do acesso ao crédito e do comércio on-line. Foi atualizado por uma comissão de notáveis em 2002, mas até hoje não foi aprovado pelo Congresso Nacional. “O Legislativo precisa se alinhar aos interesses dos consumidores e aprovar os projetos pendentes”, ressaltou Elici Bueno, coordenadora executiva do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Para os especialistas, o endividamento das famílias está alto porque a classe C se expandiu e partiu para o consumo desenfreado. Enquanto isso, a regulamentação que limita as propagandas de crédito fácil por bancos e instituições financeiras não saiu do papel.
Fonte:Correio Braziliense
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