2016. Belo Horizonte.
Marcelo Abritta ia casar na Bahia.
30 familiares deixaram comprar passagem.
Ônibus: R$ 300+ por pessoa.
Fretar privado: metade do preço.
"Por que isso não existe para todo mundo?"
Chamou Marcelo Vasconcellos.
Descobriram: economia de até 60% era possível.
Mas o mercado era um oligopólio.
Poucas empresas.
Zero concorrência.
Preços absurdos.
Junho 2017: criaram a Buser.
Fretamento colaborativo:
pessoas dividem o custo de um ônibus executivo.
Julho 2017.
Primeira viagem: Belo Horizonte → Ipatinga.
Lotou em horas.
No dia, o ônibus foi barrado.
Sindicato processou alegando "circuito fechado".
Marcelo e Vasconcellos pagaram táxis para todos.
Prejuízo: R$ 40 mil.
Perderam 4x o investimento.
Mas a mídia repercutiu.
Investidores apareceram.
Setembro 2017: primeiro aporte.
A guerra começava.
Associações e ANTT entraram com processos.
"Concorrência desleal."
"Transporte clandestino."
Polícia parava ônibus.
Viagens canceladas na última hora.
Até 2023:
200 processos judiciais.
Cada estado, uma nova briga.
Marcelo compara com Uber:
"Mesma luta. Mesmos argumentos ultrapassados."
Mas os números provavam tudo:
Passagens 60% baratas.
Ônibus executivos.
Horários flexíveis.
2019:
SoftBank investiu. Unicórnio.
2021: decisão histórica.
Plataformas de fretamento NÃO são transporte clandestino.
A Buser venceu.
2023:
Série C de R$ 700 milhões.
Hoje:
8 milhões de usuários.
500 mil passageiros/mês.
720 cidades.
290 empresas parceiras.
O que a Buser fez?
Democratizou o transporte.
Deu acesso a quem não podia pagar R$ 300.
Criou mercado para pequenas empresas de ônibus.
Provou que oligopólios não são invencíveis.
200 processos.
R$ 40 mil perdidos na primeira viagem.
Marcelo não desistiu.
Porque soube algo fundamental:
Quando você resolve um problema real, o mercado conspira a seu favor.
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