Na madrugada abafada de 14 de agosto de 1920, o cemitério São João Batista, em Juazeiro do Norte 🌙, foi palco de um mistério sombrio. O caixão de Raimundo das Dores, comerciante local falecido aos 61 anos, desapareceu da sepultura recém-lacrada. 🕯️ O vigia jurou não ter visto nada. Não havia sinais de arrombamento, nem pegadas no solo seco. O túmulo estava aberto, mas intacto. O corpo havia sumido como poeira ao vento.
Três semanas depois, moradores da Rua do Cruzeiro acordaram com gritos 🗣️. Um caixão jazia em frente à antiga casa do falecido 🏚️. Estava vazio. A tampa entreaberta deixava escapar um cheiro enjoativo de cravo e querosene 🌫️. A polícia local isolou a área 🚔, mas nada foi esclarecido. A casa, desabitada desde o enterro, parecia intocada. Algumas vizinhas afirmaram ter visto uma figura magra e pálida à janela 👤, na véspera do reaparecimento do esquife.
O jornal “A Voz do Sertão”, edição de 4 de setembro de 1920 📰, noticiou: “O Morto Voltou?” O padre José de Alencar, em homilia, afirmou que “nem todo descanso é eterno” ⛪. Cartas anônimas surgiram nas portas da igreja com frases como “ele não quis ficar lá embaixo” e “a alma voltou para onde o coração morava” ✉️. A investigação foi arquivada, sem solução.
Até hoje, os mais velhos evitam passar à noite pela casa de Raimundo 😨. Alguns dizem ouvir batidas lentas na porta – três, sempre às três da madrugada. 💀 E quando uma vela se apaga sozinha no altar da matriz... o sacristão apenas sussurra: “É ele. De novo.” 🔥
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