Suzano Almeida
suzano.almeida@jornaldebrasilia.com.br
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A Câmara Legislativa deve decidir hoje, durante a reunião do Colégio de Líderes, se as propostas para a instalação de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) para investigar suspeitas de irregularidades nas secretarias de Transporte e de Saúde vão em frente.
A presidente do Legislativo, Celina Leão (PDT), quer consultar os líderes dos blocos, antes de protocolar os pedidos de investigação, para saber o posicionamento de cada um deles. O objetivo é garantir apoio para que as CPIs sejam instaladas.
“Não adianta abrir CPI só para tumultuar a Casa. Queremos saber o motivo do aumento radical nos subsídios, assim como o que está acontecendo na Saúde que sempre foi um saco sem fundo”, afirma Celina. Ela lembra que a única legislatura em que não houve CPI na Saúde a do governo Agnelo.
As pastas do Transporte e da Saúde eram comandadas, durante a gestão passada, por PMDB e PT, respectivamente. Ainda assim, as bancadas dos dois partidos não reagirão à abertura das CPIs, desde que seus objetivos delas não sejam políticos.
PMDB pode assinar
“Eu como líder do bloco vou orientar os deputados do PMDB a assinar a CPI do Transporte. Se existe algo errado, não há como contrariar, desde que ocorra o mesmo na da Saúde, que foi proposta por nós”, garante o peemedebista Wellington Luiz.
Segundo o peemedebista, o presidente regional da legenda, o ex-vice Tadeu Filippelli deu carta branca para os distritais se posicionarem, mas alertou para que não deixem que as CPIs virem palanques para atacar a gestão passada.
O ex-presidente da Casa Wasny de Roure (PT) também diz que apoiará a instalação das CPIs, mas destacou que são necessários elementos concretos para que elas não acabem em “pizza”.
Expectativa pode se frustrar, adverte petista
Wasny de Roure afirma que a falta de fundamentação das CPIs pode causar expectativas à população e, se não forem correspondidas, poderão banalizar a Câmara Legislativa. “Se há fundamentação, que se prossiga a instauração, mas se for para atacar a gestão passada ou para negociar algo com o atual governo é melhor que nem comece”, afirma o petisra, que completa: “Eu não me posiciono contra, mas tem que ser trabalho sério e não ilações”.
Para Celina Leão, as CPIs, especialmente a do Transporte, podem trazer benefícios, como a realizada em Curitiba, onde a tarifa chegou a ser reduzida.
A presidente diz ainda que o Buriti não se opõe a instalação de nenhuma das comissões.
“O governador não se intromete, pois esta é uma questão do Legislativo. Ele não se opõe. Se tiver algo errado tem que ser estancado enquanto ainda no início do governo, para que não continue, como foi no passado”, afirma Celina.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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