O projeto número 1 do PT é reeleger a presidente Dilma Rousseff. O segundo também. O terceiro, se brincar, é o mesmo. O quarto é eleger uma bancada de deputados federais e, sobretudo, de senadores para ajudar na governabilidade. O ex-presidente Lula da Silva, Zeus do PT — desde a morte política de Zé Dirceu —, decidiu, com base no centralismo democrático, que a prioridade é Dilma Rousseff, no país, e, em São Paulo, eleger o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a governador. Com o controle da Presidência da República e do Estado mais rico e populoso do país, o Lulopetismo avalia que terá o controle do Brasil.
Em Goiás, ninguém deve se surpreender se o PT não participar da chapa majoritária, abrindo espaço para uma composição mais ampla, ou seja, com todos os grupos de oposição. Lula já disse, para mais de um interlocutor, que o PT goiano não vai romper a aliança com o PMDB. Aposta-se, até, que o democrata Ronaldo Caiado será bem-vindo na chapa majoritária — como candidato a senador. Ocorre que o líder do DEM pode até compor com Iris Rezende, se este for candidato a governador, mas não aceita compor com um candidato do PT ao governo ou com o peemedebista Júnior do Friboi (suas bases ruralistas têm um contencioso com o frigorífico JBS, a quem acusam de patrocinar o cartel da carne).
Com Iris candidato ao governo, Caiado iria ao Senado e o empresário Vanderlan Cardoso (PSB) seria vice. É possível? Talvez seja mais apropriado usar uma palavra parecida: não é impossível. Lula tem dito mais ou menos o seguinte: o importante é ter o Poder Executivo. Se eleito Iris, o mandachuva não será Caiado ou Vanderlan. O problema é que parte do PT rejeita apoiar Caiado e aposta que o partido sairá chamuscado se bancá-lo. “Seria cinismo total”, afirma um deputado petista. “Eleger Caiado a senador para que se torne um ‘calo’ permanente e cáustico contra a presidente Dilma Rousseff durante quatro anos?”, pergunta
FONTE:JORNAL OPÇÃO.
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