domingo, 29 de setembro de 2013

Acordos de partidos dão a largada para as eleições distritais de 2014


A sinalização de aliança entre PT e PMDB, o ingresso de Roriz no PRTB, presidido por Luiz Estevão, e a provável entrada de Arruda no PR provocaram intensa movimentação nos últimos dias e sinalizam a composição dos grupos na corrida ao Governo do DF no próximo ano



Aliança entre Filippelli e Agnelo será mantida em 2014 (Monique Renne/CB/D.A Press)
Aliança entre Filippelli e Agnelo será mantida em 2014


O desenho da disputa eleitoral de 2014 começa a ser traçado de forma mais clara. Ainda que a definição oficial das alianças só ocorra no ano que vem, as principais forças da capital federal já estão se posicionando e o início de outubro será decisivo. Após a movimentação da cena política na semana passada, os próximos dias serão ainda mais intensos. Cada partido montará o seu exército de filiados até cinco de outubro, prazo final de mudanças partidárias para quem vai concorrer a um cargo público no ano que vem.

Uma sinalização importante envolve a manutenção da aliança entre PT e PMDB, que elegeu a dobradinha Agnelo Queiroz e Tadeu Filippelli ao Palácio do Buriti em 2010. Depois de um período de turbulências e rumores de racha entre os dois principais partidos do governo, um almoço na Residência Oficial de Águas Claras na última quarta-feira, com a presença de dirigentes nacionais, serviu para delimitar os rumos de um tratado de paz. Os peemedebistas querem mais interlocução e mais espaço, mas já entenderam que juntas as duas legendas têm muito mais força do que separadas. Os dois grupos deixaram o encontro com o discurso da “reedição da aliança” e de “boa vontade de ambas as partes”.

Da reunião em Águas Claras saiu um aviso claro para os adversários, que reagiram com acordos importantes. O ex-governador Joaquim Roriz (PRTB), que vinha flertando com peemedebistas, definiu também o rumo de seu grupo político. Dispensou o PSD, do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, foi vetado pela cúpula do DEM e não se acertou com o PSDB. Buscou abrigo no partido de um antigo aliado, o ex-senador Luiz Estevão que está inelegível. Levou junto a filha caçula, a distrital Liliane Roriz, possível candidata ao Buriti, e já se articula para tentar formar uma coalizão de oposição para tentar desalojar petistas e peemedebistas do poder a partir de 2015.

Correio Braziliense

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