MPF e FNDE cobram R$ 20 mi de três ex-governadores do DF
Da Redação
redacao@jornaldebrasilia.com.br
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A ação de improbidade com pedido de ressarcimento foi proposta pelo FNDE no final de abril. Nesta segunda-feira, 20 de maio, o MPF aditou a inicial, juntando novas provas aos autos e reforçando o pedido de condenação dos ex-governadores.
Histórico
O convênio para a implementação do Projovem no DF foi firmado em novembro de 2005 e previa a capacitação de 21 mil jovens entre 18 e 24 anos. Em 2007, essa meta foi reduzida para dez mil alunos mas, ainda assim, o resultado ficou longe do esperado. Dos 8.598 jovens matriculados, apenas 3.730 compareceram para o início das atividades e somente 1.696 se formaram – cerca de 8% do total estimado inicialmente.
Para o MPF, toda esta situação contribuiu para o alto índice de evasão do programa no DF, registrado em 54,6%. “Os alunos participaram das aulas sem acesso a material de suporte e às estações da juventude, o que acarretou, fatalmente, a perda de interesse nos estudantes.” Ainda segundo o órgão, as autoridades foram alertadas dos problemas no Projovem sem, contudo, tomar as providências necessárias.
“A eficácia da política pública implementada revelou-se inexpressiva”, afirma o Ministério Público na peça judicial. “O pífio desempenho é de ser imputado diretamente à cúpula administrativa do Distrito Federal, visto que, como apontado pelos diversos documentos já citados, a fiscalização e o controle do contrato por parte do GDF não ocorreu de forma efetiva, o que prejudicou o atendimento das metas do Convênio”, conclui o órgão.
O outro lado
As defesas dos três nomes envolvidos no texto do Ministério Público Federal, foram procuradas pelo Clicabrasília, porém apenas a parte que representa o ex-governador Joaquim Roriz e a ex-vice-governadora Maria de Lourdes Abadia atenderam a reportagem.
O advogado de Roriz e de Abadia, Eládio Carneiro, informou que não houve citação oficial por parte do MPF. Segundo a defesa, os procedimentos legais serão tomados e, havendo a citação, serão apresentadas as justificativas, tanto como as contas do ex-governo, que de acordo com a defesa foram aprovadas pelos órgãos de controle.
Fonte: Com informações do MPF
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