domingo, 19 de maio de 2013


Filippelli pode ser o nome de Arruda e Roriz
Wilson Silvestre
Há nas cabeças pensantes no grupo de José Roberto Arruda e de Joaquim Roriz a convicção de que só existe uma solução para que eles cheguem em 2014 com chance de destronar Agnelo Queiroz: apoiar o vice-governador Tadeu  Filippelli como candidato ao governo do DF. A tese foi discutida com dois rozistas e três arrudistas na semana passada numa chácara na Região Metropolitana de Brasília. Na avalição do grupo,  Filippelli é o único que reúne condições para liderar os dois grupos e salvar do esfacelamento político Joaquim Roriz e José Roberto Arruda.

Para um destes participantes da conversa, “não existe ninguém - além dos dois líderes -, que mais reúne condições de aglutinar um projeto de poder com chances de vitória do que  Filippelli. Ele conhece como ninguém a realidade de Brasília, seus personagens e lideranças nas cidades administrativas”. De acordo com esta fonte do Jornal Opção, se não se juntarem, Agnelo, Rollemberg ou outro nome, varre do DF o que restou das forças de Arruda e Roriz. Em tese, este grupo, sem uma liderança no poder, desaparece até 2018, quando muito, sobrariam algumas viúvas sem condições de alcançar o Palácio do Buriti novamente.

É bom lembar que a economia do DF não é de mercado e sim estatal. Qualquer agente econômico que não estiver ligado a um grupo do poder local tende a morrer à míngua ou crescer lentamente. É isso que está em jogo. Um orçamento de R$ 24 bilhões por ano, por baixo. Outra encrenca é o tempo. Tanto o grupo de Arruda quanto e de Roriz sabe que é quase impossível construir um nome competitivo a tempo de disputar, de igual para igual a cadeira de Agnelo em 2014. Quem tem chances reais para esta tarefa chama-se Tadeu  Filippelli. A pergunta que fica é a seguinte: ele toparia este desafio?

Este dilema deve estar ferroando a cabeça do vice. A eleição de 2014 vai definir o futuro do PMDB em 2018. Na convenção do partido este ano, as principais lideranças como o senador Valdir Raupp (RO), disse que a meta é trabalhar para lançar candidato a presidente em 2018. Refor-çado pelo vice-presidente da República Michel Temer. “Em 2014 vamos colher os frutos do nosso trabalho, da nossa competência.”

Na mesma linha defendeu o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ): “Nós temos a condição de ganhar a Presidência da república em 2018. Um partido forte começa com condições de crescer. Time que não joga não tem torcida. O PMDB vai mostrar em 2014 o quão grande ele é.” Esta é a grande responsabilidade de Tadeu  Filippelli. Ele não pode errar. Se ficar com o PT terá que somar forças para ganhar e ser o nome em 2018. O problema é se perder com o fraco Agnelo.

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