sábado, 7 de dezembro de 2013

Pedágio da BR-060 que liga Brasília a Goiânia será cobrado em 2015

Postado por Moisés TavaresA cobrança da taxa divide opiniões dos usuários e é criticada por especialistas. Para alguns motoristas, se houver melhoras na via, vale a pena. Técnicos dizem que o consumidor pagará dobrado pelo mesmo serviço



BR-060: cobrança de taxa somente poderá ocorrer quando 10% das obras de duplicação estiverem concluídos (Breno Fortes/CB/D.A Press - 28/7/13)
BR-060: cobrança de taxa somente poderá ocorrer quando 10% das obras de duplicação estiverem concluídos


A partir de outubro de 2015, motoristas que fazem o trecho Brasília—Goiânia devem separar mais R$ 5,50, valor relativo aos dois pedágios em que terão de parar. A mudança é resultado da concessão da rodovia à iniciativa privada em um leilão feito na última quarta-feira. Mesmo que a cobrança ainda esteja distante, cidadãos que transitam de uma capital a outra com frequência já refletem sobre o impacto que ela terá no bolso. As discussões geralmente se atêm à relação custo/benefício. As pessoas tendem a aceitar o valor caso encontrem condições melhores nas pistas. Em contrapartida, especialistas defendem que o consumidor paga duas vezes pelo mesmo serviço: os impostos e os pedágios.

No ano passado, a Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) encomendou um estudo sobre o fluxo nos pontos a serem leiloados. A pesquisa indicou tráfego médio de 18,2 mil veículos em Alexânia e 46,3 mil em Goianópolis. De acordo com o mesmo trabalho, a previsão para os próximos 30 anos, período da concessão, é de que, na primeira praça, o fluxo suba para 27 mil carros, sendo 78% deles de passeio. Como o posto de Alexânia deve cobrar R$ 3, isso renderia à empresa R$ 81 mil. Já na segunda praça, é esperado um crescimento médio de 52%, o que significa a passagem de mais de 70 mil automóveis. Considerando o valor da cobrança de R$ 2,20, por dia o consórcio vencedor arrecadaria R$ 154 mil.

A instalação do pedágio vai mudar a rotina das pessoas que recorrem à BR-060 como acesso a Brasília. Rosângela Silva, 28 anos, é agente penitenciária do Centro de Detenção Provisória e, duas vezes por semana, vem de Alexânia (GO) até o Distrito Federal a trabalho. “Se for melhorar as condições das estradas, até concordo, por mais que eu ache ruim ter de pagar por isso”, afirma. Rosângela trabalha um a cada três dias e reclama da falta de informação dada aos moradores da área sobre o pedágio.

Correio Braziliense

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