sábado, 6 de julho de 2013

PT pede a Dilma mudanças na equipe do governo


Líderes partidários da legenda na Câmara tiveram reunião reservada com a petista e criticaram, na presença de ministros, a atuação de suas áreas
Ketllyn Fernandes

A presidente Dilma Rousseff foi cobrada por líderes do Partido dos Trabalhadores na Câmara para que promova mudanças na equipe do governo. As áreas atacadas pelos parlamentares foram a de articulação, comunicação e economia –– esta última encarada como principal gargalo da gestão petista desde a divulgação do PIB de 0,9% em 2012.

A reunião, que durou mais de duas horas, foi realizada nesta sexta-feira (5/7) no Palácio do Planalto. As cobranças à presidente foram feitas na presença das ministras de Relações Institucionais e Casa Civil, Ideli Salvatti e Gleisi Hoffmann, respectivamente, e do ministro da Educação, Aloizio Mercadante (único a fazer uma pequena intervenção nas falas da presidente).

Conforme reportagem publicada pela Folha de São Paulo, participantes do encontro disseram que dos três pontos de insatisfação dos parlamentares, a petista defendeu a política econômica. Referindo-se ao “pibinho”, Dilma afirmou que é um erro tomar por base taxas do ano passado como sendo indicativos de tendência de alta inflacionária. A presidente garantiu que os fundamentos da política econômica de seu governo “serão preservados”.

Ao tratar das outras áreas alvo de críticas pelos líderes, Dilma usou a primeira pessoa do plural (nós) para enfatizar que reconhece que todos os ministérios –– 39 atualmente –– falharam na comunicação no que se refere às reivindicações feitas nos protestos.
Contudo, uma das frases da petista em um discurso ininterrupto de cerca de 30 minutos, foi "O povo quanto mais tem mais quer". A afirmação teria sido uma forma de justificar a falta do governo para com a população. Admitindo que o governo errou ao não saber identificar certos anseios da sociedade, a presidente asseverou dizendo que se não fosse o PT os protestos ainda seriam por emprego e salário.

Outro ponto defendido pela presidente Dilma foi o plebiscito para a reforma política, tendo ressaltado, segundo relatos, que a consulta popular neste momento se faz de suma importância. Ela pontuou que a medida é um instrumento de democracia em um contexto marcado por protestos que ganham as ruas do país.

Lula também tem dado palpites
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também já havia sugerido à presidente Dilma Rousseff, antes das ondas de protestos que tomaram conta do país, que fossem reduzidos o número de ministérios para que fossem reduzidos os gastos do governo.

Conforme apurado pela reportagem do jornal, Lula teria proposto à presidente que fossem tomadas medidas para sinalizar austeridade, e também que fossem realizadas mudanças nas principais áreas do governo, como articulação política e equipe econômica. Uma das possíveis mudanças seria a saída do atual ministro da Fazenda, Guido Mantega.

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